Portugal vai receber 50 mil milhões de euros para a recuperação económica. O presidente da Câmara de Braga alerta ser necessário distribuir a quantia de forma “equilibrada e equitativa”.
Esta semana, o Conselho Europeu atingiu um consenso para o fundo de apoio económico em resposta à crise pandémica. Portugal vai receber mais de 50 mil milhões de euros. A quantia é essencial para “a recuperação da economia nacional nos próximos anos”, mas não pode “menorizar ou excluir os municípios, como sucedeu no atual Quadro Comunitário de Apoio”, expõe o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, ao jornal O Minho.
Para Rio, não é admissível dizer que as autarquias locais apenas investem em obras de cimento e sem grande interesse para a modernização do país. “Está demonstrado que contribuímos para a competitividade da economia, através, por exemplo, do apoio ao investimento nacional e estrangeiro”, advoga o autarca.
“É preciso que [os 50 mil milhões de euros] sejam bem investidos na economia, mas que o todo nacional não seja esquecido, e que sirvam propósitos de coesão territorial”, alerta, em declarações a O Minho. Refere que as verbas comunitárias devem ser aplicadas tanto ao setor público como ao privado, por forma a incluírem a investigação e a inovação. Como exemplo, refere universidades e politécnicos, abrindo destaque para a Universidade do Minho, o INL – Laboratório Internacional de Nanotecnologia. Bem como centros de investigação, como o 3b’s e a TecMinho, entre outros.
Ricardo Rio reitera que “o acordo conseguido em Bruxelas é crucial para a continuidade da UE, mas também para o futuro do nosso país”, tornando-se fundamental que “seja bem aproveitado e de forma equilibrada e equitativa”.