O regime da atividade praxista mantém-se online.
As praxes na Universidade do Minho vão manter-se suspensas, segundo uma nota do Papa da academia minhota, Pedro Domingues, publicada no Facebook. O Cabido de Cardeais, entidade que dirige a atividade praxista, anunciou esta semana que o regresso às imediações dos campi de Braga e Guimarães estava previsto para julho, mas a decisão foi revogada.
Caso os cursos o entendessem, poderiam optar por “fazer a praxe de maneira presencial, de acordo com um conjunto de regras” definido nas reuniões do Cabido, explicou Pedro Domingues em declarações à RUM. De acordo com o responsável máximo pela organização das praxes minhotas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Junta de Freguesia de Gualtar estavam ao corrente da situação. “Como há permissão para ajuntamentos na rua até 20 pessoas”, foi estipulada a retoma para “criar um fecho de um ano de praxe que é normal como todo o resto”, advoga.
Considerando “imoral” o regresso destas atividades, a Junta de Freguesia de Gualtar nega ter tido qualquer contacto com o estudante sobre a realização das praxes. “Tais afirmações são absolutamente falsas”, reiterou João Vieira, presidente da Junta, num comunicado divulgado no Facebook. À RUM, o Papa referiu ter comunicado com a PSP, mas disse ao jornal Público ter conversado também com a Junta.
Para a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), “a preocupação deve estar na conclusão do presente ano letivo e na preparação do próximo”. Segundo Rui Oliveira, dirigente da associação, “a praxe não é uma prioridade” e relembra o cancelamento de múltiplas atividades programadas, em declarações à RUM. Evidenciando a posição da AAUM, Oliveira diz serem claras as prioridades a adotar nesta altura de pandemia e pretende “consciencializar os jovens estudantes para bons comportamentos”, de modo a evitar o “crescimento da curva epidémica”.
No último fim de semana, foi denunciada uma atividade praxista do curso de Enfermagem e a Guarda Nacional Republicana (GNR) foi chamada ao local. João Vieira apela ainda às autoridades que “intervenham”, com vista a “inviabilizar a concretização destes ajuntamentos de estudantes impedindo mesmo a sua realização, em qualquer circunstância”.