A Câmara de Viana do Castelo lançou esta terça-feira a aplicação BioRegisto. A app serve para pôr os munícipes de todo o país “a participar em projetos de índole científico, identificando animais, fungos e plantas”.
O lançamento público da aplicação BioRegisto pretende assinalar o Dia Nacional da Conservação da Natureza. O projeto integra a assinatura de protocolos de colaboração entre a Câmara, 18 empresas e três associações.
A iniciativa “constitui a primeira plataforma de Ciência Cidadã que o Município coloca à disposição de todos os públicos.” Apresenta como objetivo “a reabilitação ecológica de áreas classificadas do concelho, em especial os 13 monumentos naturais”
Em entrevista à Lusa, o vereador do Ambiente, Ciência e do Conhecimento, Ricardo Carvalhinho, explicou que “a plataforma evolui agora para uma ‘app’, disponível em sistemas Android e IOS.”
Ricardo Carvalhinho avançou ainda que a aplicação “pretende que os utilizadores apoiem o município na identificação de espécies exóticas, nomeadamente nas suas formas de controlo e erradicação.”
O vereador explicou que a aplicação vai dar “ especial atenção às espécies invasoras, tornando-se numa ferramenta de gestão e planeamento com vista à sua erradicação”
Até ao momento, contabilizam-se “mais de 780 observações que correspondem a 267 espécies registadas e validadas pelos parceiros científicos”. Para além disso, estão registados “729 utilizadores na plataforma e já foram carregadas 1.252 fotografias.”
De acordo com dados avançados, as aves contam já com 308 observações, seguidas dos insetos, com 122 observações, e dos anfíbios, com 39 observações.” De momento, as espécies com mais observações “foram o Guarda-rios e o Pica-pau-malhado, ambas com 22 registos cada espécie.”
Em comunicado, a autarquia adiantou ainda o investimento de mais de meio milhão de euros, para a recuperação ecológica de cinco monumentos naturais. Assim sendo, o proveito vai para os Pavimentos Graníticos da Gatenha, Cascatas da Ferida Má, Falha das Ínsuas, Praia Eemiana e Cemitério de Montedor.
As ações programadas “vão contemplar a plantação de espécies autóctones, limpeza de vegetação, limpeza de resíduos e monitorização da área adotada”