Para além de Ricardo Rio, a missiva conta com a assinatura de 29 portugueses de diferentes áreas.

A carta dirigida à Comissária Europeia dos Transportes, Adina Valean, tem Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, como um dos signatários. Procura alertar para o atraso no sistema ferroviário português na Europa em virtude do sistemático atraso na adoção da bitola europeia nas linhas internacionais.

José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, e António Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu, são outros autarcas que assinaram a missiva. Conta ainda com as assinaturas de João Luís Mota Campos, ex-secretário de Estado da Justiça, Mira Amaral, ex-ministro da Indústria, e João Duque, professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão.

O presidente defende ser fundamental que a utilização dos fundos provenientes da União Europeia inclua o investimento na modernização das infraestruturas ferroviárias. “Sendo Portugal um país periférico, o sistema ferroviário é um elemento essencial para assegurar a coesão territorial no contexto europeu e a minoração dos desequilíbrios económicos e sociais”, sublinha à PressMinho.

O risco de Portugal “ficar privado de vias terrestres” para o transporte de mercadorias de e para a maior parte da União Europeia pode levar a uma situação de “monopólio ferroviário”. É portanto, na carta, pedido que o novo TEN-T (Trans-European Transport Network) seja aproveitado para “impulsionar uma transformação” na infraestrutura ferroviária portuguesa.

Os subscritores manifestam-se contra a possibilidade da certificação como interoperáveis de linhas da Rede Core em bitola ibérica. Seria apenas a “justificação burocrática de um erro histórico” e “contribuiria para a não abertura à Europa do sistema ferroviário português”.