Quebra geral de 20% nas vendas resultou em menos 200 milhões de euros para os comerciantes do concelho.
Os dados das transições por multibanco cedidos pela SIBS à Associação Comercial de Braga (ACB) foram divulgados esta quinta-feira pelo Jornal de Notícias. Mostram uma quebra geral de 20% nas vendas, entre março e junho, que resultou em menos 200 milhões de euros para os comerciantes do concelho, em relação ao mesmo período do ano passado.
A pandemia trouxe perdas de faturação elevadas à maioria dos setores de atividade em Braga, destacando-se a área da moda que foi uma das mais prejudicadas. Em abril, registou uma quebra de 99% na faturação. Apesar das melhorias, em junho, ainda apresentou perdas de 44% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Ao contrário do setor da moda, as áreas da farmácia, da alimentação e das tecnologias foram exceções e cresceram nos últimos quatro meses. O setor tecnológico no mês de junho atingiu um pico de crescimento, com um aumento de 89% na faturação, em relação ao mesmo período do ano passado.
No mesmo seguimento do JN, as farmácias registaram o melhor mês em março, com um crescimento de 36% nas vendas. No mesmo mês, o setor de alimentação teve o dobro dos ganhos de 2019.
Apesar do balanço positivo em relação a alguns setores, os primeiros dois meses de desconfinamento ainda não chegaram para normalizar as contas. Os comerciantes dizem que o movimento não se está a refletir num aumento substancial de vendas. “Não se vê a retoma. A faturação está a um terço. O ano passado, durante a tarde, estava aqui com mais duas colegas, cheias de trabalho. Agora estou sozinha e à espera de clientes”, desabafa ao JN Ana Machado, funcionária de uma loja de produtos turísticos, perto da Praça do Município.