Esta é uma das principais iniciativas da plataforma, que tem como objetivo “defender o itinerário que a Associação do Caminho Jacobeu Minhoto Ribeiro apresentou em 2017”. Está aberta à participação de todas as associações ou pessoas individuais.
A recente Plataforma Berán no Caminho anunciou a realização de um encontro de “caráter internacional e transfronteiriço” para celebrar o caminho que liga Braga e Santiago de Compostela. A iniciativa é dedicada aos peregrinos, mas ainda não tem data marcada.
Abdón Fernandez, porta-voz da plataforma e presidente da ACJMR, adiantou, em nota enviada às redações, que “uma comissão permanente está a organizar um evento anual chamado “O Caminho em nós”. O encontro irá assim “promover o encontro internacional de peregrinos do Caminho da Geira e dos Arrieiros”.
A celebração irá consistir num projeto de caráter internacional, pondo assim em relevo a situação privilegiada de Berán como ponto de partida. Isto porque “está a 102 quilómetros de Santiago”, que é a distância mínima para os peregrinos obterem a Compostela, explicou o presidente.
A plataforma “convida todas as organizações, associações e grupos de peregrinos a passarem por Berán como gesto de apoio à manutenção do itinerário pela localidade. “Este traçado já é uma realidade e está perto de conseguir a oficialização pelas entidades civis”. Assim, “é importante valorizar e consolidar a passagem de peregrinos por Berán”, salienta Abdón Fernández.
O Caminho da Geira e dos Arrieiros foi reconhecido pela Igreja em 2019, pelo delegado de peregrinações do cabido da Catedral de Santiago, deão Segundo L. Pérez López. Este assinou um certificado onde refere que o traçado cumpre “as condições de outros caminhos de peregrinação”. Está ainda em curso o processo de homologação por parte das entidades civis.
No ano passado foi percorrido por 367 peregrinos em 10 meses. A maioria partiu de Braga (227), seguindo-se Castro Laboreiro (104), Entrimo e Ribadavia (com oito cada).Os portugueses constituem o maior grupo (80%), havendo ainda registo da passagem de italianos, suíços, franceses, brasileiros, polacos e holandeses.
Além dos peregrinos que receberam a Compostela (entrando assim nas estatísticas), a associação Codeseda Viva considera que muitos outros o fizeram, apontando uma estimativa global de 850 pessoas.