Alternativa está a ser acordada com os hoteleiros da cidade e o Ministério da Ciência e Ensino Superior.

Devido a orientações da Direção Geral de Saúde que implicam o distanciamento de dois metros entre camas, as residências estudantis vão perder centenas de camas. Como solução, os estudantes vão poder ficar em hostels e pousadas de juventude.

Segundo o secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior, João Teixeira, “os hostels garantem um rendimento durante um ano, que lhes permitirá manter a estrutura numa altura em que sofreram uma quebra de clientes, e nós conseguimos encontrar uma solução para o alojamento dos estudantes”.

À Associação Comercial de Braga (ACB) parece agradar tal ideia. Na Universidade do Minho, o número de camas nas residências universitárias vai diminuir cerca de 10%. De 1300 até agora disponíveis vão passar a estar 1170 no próximo ano letivo.

Em declarações à RUM, o diretor da ACB, Rui Marques, afirma que “a solução é interessante”. No entanto, explicou que “a tipologia habitual de alojamento para estudantes, com estas novas regras, será insuficiente, e o alojamento local, que atualmente passa um momento muito difícil, pode ter aqui uma oportunidade de atenuar as suas perdas”.

A cidade bracarense conta com perto de 300 espaços de alojamento local licenciadas, que neste momento estão a apostar no “arrendamento convencional, destinado a famílias” devido à diminuição de turistas consequente da pandemia do Covid-19.

A Pousada de Juventude de Braga – Centro de Juventude de Braga pode vir a estar entre as identificadas para contrabalançar a falta de camas nas residências estudantis. No entanto, a direção da instituição revela à RUM que ainda não foi contactado pelo Governo no seguimento da ideia de hostels e pousadas passarem a receber estudantes.

Apesar disso, Carlos Silva, administrador executivo da InvestBraga, entidade responsável pelo Centro, revela que a Pousada está “disponível para avaliar o que o Governo pretende”. Recorda ainda que é necessário perceber as balizas temporais para a implementação do projeto.

No caso de um estudante que não tenha lugar numa residência universitária, é obrigação do Governo encontrar novas soluções. “Os estudantes têm sempre a opção de escolherem outro tipo de habitação e o Estado é obrigado a pagar outro tipo de complemento de alojamento”, lembra o responsável em declarações à RUM.