A propriedade intelectual deste projeto está já protegida por patente internacional.

O Instituto das Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho está a desenvolver uma investigação para encontrar um tratamento eficaz para o triplo negativo, o subtipo mais agressivo do cancro da mama. De mencionar que o triplo negativo representa 15 a 20% de todos os tumores malignos da mama.

Esta terapia é constituída por cromenos sintéticos, uma família de compostos que estão distribuídos pela natureza, em frutas, legumes, entre outros. Em declarações ao ComUM, Marta Costa, a investigadora responsável pelo projeto, explica que “é uma família muito promissora em termos de atividades biológicas, não só anticancerígenas” e, portanto, “uma boa família de compostos para se apostar”.

A procura por um tratamento específico a este subtipo de cancro deve-se ao facto de que “quanto mais específica for a abordagem, melhor resultados vamos ter e melhor sobrevivência e qualidade de vida irão ter os pacientes”, sublinha Marta Costa. Atualmente, a única opção é a quimioterapia clássica, “com resultados muito limitados”.

Em relação a este tratamento poder ser aplicado a outros tumores, a investigadora refere que essa hipótese já está a ser estudada. “Já avançamos para outros modelos de cancro como, por exemplo, o cancro renal. Ele é extremamente letal e, para além disso, as projeções para os próximos anos é de que vai aumentar em 70%”. Acrescenta ainda que estão a ter “resultados fantásticos”.

A investigadora ressalta que “isto resulta de um trabalho de equipa e de um trabalho multidisciplinar em que intervém muita gente”. Apela a que se “encontre um parceiro farmacêutico ou um investidor”, dado o investimento necessário para “as fases pré-clínicas”.

O Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional financiou, recentemente, a Patente Internacional, também apoiada pela Associação Ciência, Inovação e Saúde.