Universidades estão a preparar medidas que permitam cumprir as regras sanitárias e zelar pela aprendizagem dos alunos. As novidades abrangem a inclusão do sábado na semana letiva.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) anunciou em comunicado, esta terça-feira, as recomendações para o funcionamento das atividades letivas do ano letivo de 2020/21. O novo ano deve assentar em três princípios base: garantir atividades presenciais, a adoção de procedimentos realistas e a estimulação da inovação e modernização pedagógica.
No novo ano letivo, as universidades e politécnicos devem assegurar todas as regras de higiene para evitar a propagação do coronavírus. Planos de contingência atualizados, uso obrigatório de máscara, maior vigilância dos espaços comuns, alargamento de horários, incluindo a possibilidade de aulas ao sábado, e promoção de campanhas de testes e estudos imunológicos são algumas das orientações e recomendações do MCTES.
Pretende-se ainda que as instituições “garantam a presença dos docentes nas instituições”. Desta forma, caso as aulas tenham de decorrer com uma parte da turma à distância “por impossibilidade de acomodação de todos os estudantes pertencentes a uma determinada turma nas condições de segurança definidas nas orientações da DGS”, têm de ser ministradas nas instituições com presença do número máximo de estudantes adequado, mas apoiados por tecnologias à distância, promovendo a sua rotatividade em contexto presencial.
O MTCES pede também especial atenção aos estudantes do primeiro ano dos diferentes ciclos de estudos, “como forma de reforçar a sua vinculação aos cursos e às instituições”. A esta medida, alia-se a garantia das aulas presenciais, especialmente as componentes práticas das unidades curriculares e as avaliações. “Os horários de funcionamento das instituições devem ser alargados, incluindo o sábado na semana letiva”, revela o comunicado.
No entanto, os planos de contingência devem ser regularmente atualizados, “de forma a implementar, em tempo real, as medidas de segurança adequadas a cada momento”. Do mesmo modo, é pedida a promoção de campanhas de testes virais, bem como o acesso a ensaios e estágios clínicos, respeitando os planos de contingência dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde e “assegurando condições aos estudantes nos mesmos termos aplicáveis aos profissionais”. Os espaços livres, como as residências, devem ser vigiados, por serem naturalmente um local de convívio comunitário, propício à propagação do vírus.
O planeamento dos espaços é outro fator a ter em conta. A gestão passa pela possível atribuição de uma única sala por grupo de estudantes, da articulação entre cursos e unidades orgânicas, no sentido de promover o desdobramento de horários e o alargamento de funcionamento de estruturas de apoio e da adequação da duração de cada aula e atividade de avaliação, garantindo a renovação adequada do ar e arejamento das salas.
Por outro lado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior solicita que seja divulgada e incentivada a utilização da aplicação StayAway COVID pela comunidade académica, cujo objetivo é facilitar a identificação das cadeias de contacto de eventuais infetados com Covid-19. A app deverá estar disponível no final de agosto.