Construído em 1893 e inaugurado em 1896, o espaço que pode acolher 310 espectadores reabre em setembro.
O Teatro Diogo Bernardes localizado em Ponte de Lima, vai celebrar 124 anos da sala de espetáculos reabrindo as suas portas. Para o palco, já há programação definida para os últimos quatro meses deste ano, apresentada publicamente.
Victor Mendes, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, realçou, durante a conferência de imprensa, que a programação reflete a preocupação com a “democratização do acesso à cultura, de retorno à normalidade e de incremento da atividade cultural, nomeadamente através de apoios a associações locais”.
A comemoração do aniversário vai ter início a 18 de setembro com o concerto de Márcia, no dia 19 a atuação de João Pedro Pais e no dia 20, o palco vai ser ocupado com aquilo que é o primeiro espetáculo público para a infância, juventude e famílias pela companhia “Opera ISTO” que vai apresentar duas sessões durante a tarde do “ A Rolha do Rei D’Aonde?”.
O autarca afirmou que vai investir 2.119 euros em cada espetáculo, o que no total dá cerca de 89 mil euros para 42 espetáculos. “Os preços que praticamos são muito baixos, exatamente para permitir que, independentemente da condição social e económica todos tenham oportunidade de vir ao Teatro Diogo Bernardes”.
Para outubro, Victor Mendes divulgou ainda projetos musicais como Noiserv, Brigada Victor Jara, um concerto da Associação Porta Jazz com João Martins, o fado de Coimbra pela voz de Dario Ribeiro, Samuel Úria. A maior novidade surge na integração do Teatro Diogo Bernardes no festival nacional Misty Fest com um concerto em estreia com dois músicos de referência da nova geração do jazz nacional – João Barradas e Ricardo Toscano.
A dança contemporânea deve regressar em dezembro com “Sinais de Pausa, uma coprodução da companhia Paulo Ribeiro e do Teatro”. “Amado Monstro, com interpretação de Marcantonio Del Carlo e João Didelet, será a nossa proposta na área do teatro e, na área da música, o concerto de Tiago Bettencurt”, esclareceu o autarca.
O presidente sublinhou ainda que “conciliar a economia com a saúde pública depende da responsabilidade dos cidadãos. Deste modo podemos ajudar os nossos empresários”. Apelou assim à consciência do público na prevenção da propagação da Covid-19.