São menos 130 camas nas residências. Em alternativa, os estudantes vão poder usufruir de Hostels e pousadas.
Os constrangimentos provocados pela pandemia obrigaram a uma reorganização dos espaços dedicados ao alojamento estudantil, por todo o país. A Universidade do Minho não foi exceção, com perdas de cerca de 10% das camas disponíveis das residências no próximo ano letivo, pelo que a oferta total vai baixar para 1.170.
Em entrevista à RUM, Rui Vieira de Castro explicou que a academia minhota está a preparar-se para dar uma resposta que vá ao encontro das normas definidas pela Direção-Geral da Saúde. Algumas das normas passam pela existência de uma distância lateral mínima de dois metros entre camas e a não utilização de beliches ou de equipamento mobiliário similar.
Neste seguimento, o reitor referiu que “estão a ser feitas intervenções no sentido de acabar com as camas em posições laterais”, salientando que há situações em que essa regra não está a ser cumprida.
Para além disso, as quatro residências – duas em Braga (Prof. Lloyd e Santa Tecla) e duas em Guimarães (Azurém e Combatentes) – terão de apresentar um espaço dedicado a potenciais casos da covid.
“Há aqui um conjunto de situações que estamos obrigados a respeitar que vão afetar em alguma medida a nossa capacidade de resposta”, sublinhou. Ainda assim, o reitor da Universidade do Minho considerou que “não é uma situação tão crítica quanto aquela que inicialmente foi ponderada”.
Num panorama geral, estão em jogo 3000 lugares nas residências universitárias, em resultado das orientações dispostas pela Direção-Geral da Saúde. Em alternativa, os estudantes vão poder viver em hostels e pousadas.
Em declarações ao Jornal Público, o secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira explicou que “os hostels garantem um rendimento durante um ano, que lhes permitirá manter a estrutura numa altura em que sofreram uma quebra de clientes, e nós conseguimos encontrar uma solução para o alojamento dos estudantes.”
Até ao momento, o contrato está a ser negociado e terá validade no próximo ano letivo em quatro cidades portuguesas, nomeadamente, Lisboa, Porto, Coimbra e Braga. Saliente-se que a decisão das cidades adveio do número elevado de estudantes que frequentam as universidades e da quebra acentuada da circulação internacional devido à pandemia.