Mestrado Integrado de Medicina da Universidade Católica Portuguesa é o primeiro curso de medicina ministrado em Portugal por uma instituição privada.
O curso foi aprovado e acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). A decisão foi confirmada esta quarta-feira pelo gabinete de comunicação da Universidade Católica Portuguesa.
De acordo com Isabel Capeloa Gil, reitora da UCP, a decisão “robustece o sistema de Ensino Superior, permitindo que mais jovens se possam formar em Portugal e garantindo a supervisão da qualidade daqueles que praticam medicina no nosso país”. Está previsto começar a ser lecionado no ano letivo de 2021/2022 com cerca de meia centena de alunos. No entanto, o curso está desenhado para 100 vagas.
O processo de inserir a mais recente conquista na lista de cursos da Universidade já decorre há dois anos, sendo que a primeira tentativa acabou chumbada. A rejeição contou com dois pareceres negativos, sendo eles da Ordem dos Médicos e da comissão de avaliação de peritos nomeada pela agência.
Questões pedagógicas, a discordância da Ordem dos Médicos em relação a uma disciplina e ao tempo insuficiente de contacto com a prática clínica, em hospitais, são algumas das lacunas que fundamentaram a decisão.
Também contou para os pareceres negativos a sobreposição de oferta, uma vez que passaria a haver, então, três formações da área de medicina na região e “parte do pessoal docente da nova faculdade seria retirada da Universidade de Lisboa e da Universidade Nova de Lisboa”.
A UCP decidido então apresentar uma nova proposta para acreditação do curso de Medicina, que foi agora aceite. Apesar de aprovado, a Ordem dos Médicos confessa que continuou sem dar o parecer positivo, afirmando que as reservas se mantêm.
O curso tem parecerias com a Universidade de Maastricht e o Grupo Luz Saúde e “distingue-se dos currículos tradicionais por ter uma abordagem mais prática e integrada desde os primeiros anos”, segundo uma explicação do Gabinete de Comunicação da UCP.