Uma das razões para este aumento prende-se com as novas regras, que agora conseguem abranger mais alunos.

O valor das bolsas dos alunos do ensino superior aumentou e deverá haver mais oito mil bolseiros do que no ano passado, devido a regras mais abrangentes e ao processo mais simplificado, anunciou a tutela. Para bolseiros da Universidade do Minho afastados da sua residência, o apoio para alojamento poderá rondar os 241 euros.

No ano passado, cerca de 72 mil estudantes do ensino superior tiveram direito a uma bolsa. Segundo estimativas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), esse número deverá rondar os 80 mil alunos no novo ano letivo.

Neste novo ano letivo, os estudantes de famílias com um rendimento de 8.962 euros anuais ‘per capita’ passam a ter direito a bolsa. Este máximo representa um aumento de 878 euros ‘per capita’ em relação ao ano passado. Tal alteração “permitirá aumentar o número de beneficiários dos 72 mil do ano letivo transato para aproximadamente 80 mil”, refere o MCTES em comunicado.

Simultaneamente, o processo de atribuição de bolsas foi simplificado e há situações em que a atribuição deste apoio social passa a ser automática. É o caso dos estudantes que chegam ao ensino superior e que, anteriormente, já beneficiavam do 1º escalão do abono de família. Estão também previstos os estudantes bolseiros que concluem um ciclo de estudos e prosseguem para um novo ciclo.

“Com o objetivo de acelerar o processo de atribuição e pagamento de bolsas de estudo no início do ano letivo, todas as atribuições automáticas previstas no regulamento de bolsas de estudo passam a ser da competência do diretor-geral do Ensino Superior, mantendo-se a competência das instituições na análise completa e decisão final do processo”, tal como já existe hoje, lembra o MCTES.

O complemento de alojamento para os alunos sem vaga nas residências dos serviços de ação social sobe este ano para 219 euros mensais nas zonas onde o mercado do arrendamento não está tão inflacionado. Estudantes que procurem casa nos concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras – onde o valor médio de um quarto é mais elevado – poderão ter um apoio de 285 euros.

Já nas zonas do Porto, Amadora, Almada, Odivelas e Matosinhos, o apoio é de 263 euros. Com menos 22 euros mensais, ou seja, 241, ficam os estudantes em Coimbra, Aveiro, Braga, Vila Nova de Gaia, Barreiro, Faro, Portimão e Funchal. Já nos restantes concelhos do país, o valor do complemento de alojamento para o atual ano letivo será de 219 euros.