Novo técnico gilista está confiante para a época que se avizinha.
A Liga BPI está de volta no próximo dia 27 e vai, pela primeira vez, contar com o Gil Vicente, depois da reestruturação do campeonato. Dois anos depois de enveredar pelo futebol feminino, a equipa de Barcelos venceu a Série A da II Divisão e juntou-se, assim, às restantes 19 equipas do principal escalão de futebol feminino português.
A época começou com a aposta num plantel e treinador renovados. À disposição de José Rui Pereira estão, atualmente, 24 jogadoras, das quais 19 são reforços. A baliza viu chegar Lara Fortunado (ex-Bonitos de Amorim), Joana Simões (ex-Atlético CP) e Daniela Araújo (ex-Vilaverdense). Mais à frente, para a linha defensiva, os barcelenses apostaram nas contratações de Margarida Machado (ex-FC Famalicão), Diva Meira (ex-SL Benfica), Paulinha (ex-SC Braga), Lea (ex-SC Braga) e Catarina Torres (ex-Vilaverdense).
Raquel Pinheiro (ex-FC Felgueiras), Leandra Pereira (ex-Valadares Gaia), Filipa Morais (ex-Viajes Interrías), Catarina Gomes (ex-Viajes Interrías), Patrícia Teixeira (ex-FC Famalicão) e Vera Martins (ex-FC Famalicão) são as novas caras do meio campo gilista. No ataque, o Gil Vicente garantiu a contratação de Dani (ex-FC Famalicão), Levezinha (ex-SC Braga), Flávia Moreira (ex-FC Felgueiras 1932), Catarina Machado (ex-Viajes Interrías). Por fim, os galos reforçaram-se ainda com uma atleta proveniente do futsal. Telma Pereira (ala/pivot), campeã olímpica pela Seleção Nacional sub-19 em 2018, representou o Nun´Álvares, na época passada, e ingressa assim por uma carreira pelo futebol de 11.
* O plantel feminino do Gil Vicente para a época 2020/21, ainda sujeito a alterações devido ao mercado de verão continuar aberto.
No sentido inverso, a cidade de Barcelos disse adeus às guarda redes Gabriela Moreira e Rute Queirós. A defesa viu partir Carina Bravo, Ana Cerqueira e Rafaela Pereira. O meio campo gilista deixou de contar com Juliana Passos, Andreia Ribeiro, Liliana Eiras, Mariana Moreira e Dani Veloso. Por fim, as avançadas Maura Gomes, Bia Soares, Madalena Lopes, Joana Sousa e Ronalda deixaram de estar ligadas ao clube barcelense.
Em entrevista ao ComUM, José Rui Pereira confessou que o projeto é de grande responsabilidade. Contudo, aceitou o desafio por sentir um grande apoio por parte de todos os membros da direção do clube e, como treinador, sente-se “honrado por comandar este plantel”.
O timoneiro reconheceu ainda que o clube está a apostar bastante na subida à Primeira Liga e que foi feito um investimento muito grande. “Do plantel do ano passado ficaram seis jogadoras e foram contratadas 19”, destacou. O treinador afirmou que, apesar de jovens, as jogadoras têm bastante experiência e que “são capazes do principal objetivo: garantir, desde logo, a fase de manutenção e depois competir com os melhores a nível nacional para atingir a melhor classificação possível.”
Em relação às novas regras de funcionamento da competição impostas pela pandemia, José Rui realçou que “esta pré-época requereu um planeamento muito mais aprofundado” e que “foi diferente de todas as outras”. O timoneiro admitiu que foi um início de temporada atribulado, pois “não sabíamos quando podíamos começar a treinar e temos de treinar em grupos separados”.
Relativamente aos jogos sem público, o técnico defendeu que “o futebol perde a magia sem o apoio do 12º jogador, mas temos de nos adaptar. É complicado para todos e não nos podemos subjugar a isso”, rematou.
Confiante no projeto que tem em mãos, José Rui Pereira estreia-se, assim, no comando técnico das gilistas já no próxima dia 27. O primeiro encontro do Gil Vicente, para a Liga BPI, é no reduto do Cadima.