Navvy lançou na passada sexta-feira, dia 4 de setembro, o projeto The Final Pieces. O EP encerra a trilogia começada em 2019, quando a artista se estreou na música. Ao invés de lançar um único álbum, a cantora neozelandesa opta por construir três projetos separados que contam uma história coesa com princípio, meio e fim. The Final Pieces, como o título indica, conclui a narrativa melódica e coloca Navvy no mapa.

O EP arranca com a faixa favorita da artista, “I Learnt To Lose A Friend So Young”. Embalada por uma melodia melancólica, canta sobre perda e luto. Confessa sentir-se desamparada face o falecimento de um dos amigos mais próximos – “I learnt to speak when I was two but I’m lost for words at the loss of you” – e desabafa naquele que acaba por se tornar o tema que mais se orgulha de ter escrito. A construção do mesmo contou com a colaboração do ex namorado de Navvy: após ter feito da separação foco principal nos EPS anteriores, estar agora em bons termos com o ex parceiro resume a mensagem de cura e superação que The Final Pieces procura passar.

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“Running in My Sleep” é uma excelente adição à nossa playlist mais calma. Uma daquelas canções que naturalmente nos trazem tranquilidade, como se fossem feitas de paz. Navvy canta sobre os sonhos que tem tido e espera ajudar os ouvintes a adormecer enquanto a ouvem, no melhor dos sentidos.

Em “Somebody Else” a cantora apercebe-se do quão importante é valorizar o seu próprio bem estar e ajudar-se a si mesma, ainda que isso implique deixar de poder ajudar alguém. Realça que colocar-se em primeiro lugar não é um ato egoísta, numa faixa já por muitos comparada ao estilo da Taylor Swift.

O EP encerra com “Pieces”. Navvy confidencia ter imaginado o casamento com o agora ex namorado desde o momento em que o viu e que esse cenário a deixava no paraíso, pelo que o término da relação a devastou.

Levada por um ritmo animado e positivo, dá a volta à história e promete estar recuperada: “I got my pieces back together”. Quando interrogada sobre o projeto, Navvy reconheceu o prazer que foi poder finalmente sentir-se completa de novo e expressá-lo em “Pieces”. Não haveria melhor maneira possível de rematar a trilogia.

Estando o coração sarado, o próximo desafio passa por ter uma carreira de sucesso. Apesar de ainda não ter alcançado o potencial máximo, é alguém a quem estar atento. Acredito que terá um crescimento artístico comovente de acompanhar.