Hugh Grant celebra o seu 60º aniversário esta quarta feira, dia 9 de setembro. O ator estabeleceu-se como um profissional muito original e engenhoso. No decorrer da sua carreira, interpretou uma série de personagens que projetam uma mentalidade positiva e demonstrou que o seu forte é incorporar aquelas que projetam calor e felicidade sincera, com sua a gaguez característica.
O ator britânico estreou-se no filme Privileged (1982) com 22 anos. Desde então só recebia “pequenos papéis de atuação” e decidiu criar um grupo para peças dramáticas chamado “The Jockeys of Norfolk” com os amigos Chris Lang e Andy Taylor, com o qual vieram a ter sucesso.
O seu primeiro papel principal no cinema surgiu no drama de Merchant-Ivory, Maurice (1987). Hugh Grant e James Wilby dividiram a Copa Volpi de Melhor Ator no Festival de Cinema de Veneza pelas suas interpretações na longa-metragem.
Um ano mais tarde, teve um papel principal no filme de terror The Lair of the White Worm. No mesmo ano, com a personagem Lord Byron venceu o Prêmio Goya, na produção espanhola Remando al Viento.
Em 1991 estrelou em Paixões Secretas de Uma Mulher, ao lado de Judy Davis. Embora o seu desempenho tenha recebido pouca menção na época, 25 anos depois, David Yearsley em CounterPunch escreveu: “Se uma história honesta sobre a música clássica na tela grande fosse escrita, os louros da melhor atuação iriam para Hugh Grant, que nunca foi mais engraçado ou verdadeiro”.
Aos 32, Grant afirmou estar pronto a desistir da profissão de ator, mas foi surpreendido pelo roteiro de Quatro Casamentos E Um Funeral (1994). “Se você lesse tantos roteiros maus quanto eu, saberia o quão grato eu fico quando me deparo com um em que a personagem é realmente engraçada”, confessou mais tarde. O filme foi indicado a dois Óscares e, entre vários prêmios ganhos pelo elenco e pela equipa, ganhou um Globo de Ouro de Melhor Ator – Filme Musical ou Comédia e um BAFTA de Melhor Ator em Papel Principal.
O primeiro projeto de Grant em Hollywood, financiado pelo estúdio, foi ao lado de Julianne Moore, na comédia Nove Meses (1995). A sua estreia como produtor de cinema aconteceu com o thriller de 1996, Medidas Extremas. Roger Ebert e Gene Siskel deram ao filme três de quatro estrelas. Siskel escreveu que “o trabalho de Hugh Grant é um destaque refrescante”.
Em 1999, depois de uma interrupção de três anos, o ator fez uma dupla com Julia Roberts em Notting Hill. Ao protagonizar nesta longa-metragem, Grant confessou que “foi muito estranho beijar um ícone”.
Três anos depois, a “performance cómica imaculada” de Grant, como o mulherengo fiduciário (Will Freeman) em Era Uma Vez Um Rapaz (2002), recebeu inúmeras críticas. “Hugh Grant mostra aqui que ele é mais que uma estrela, ele é um recurso”. Era Uma Vez Um Rapaz, lançado um dia após o blockbuster Star Wars: Episódio II – O Ataque dos Clones, teve uma bilheteira mais bruta do que qualquer outro filmes de Grant. O filme rendeu ao protagonista a sua terceira indicação ao Globo de Ouro e o London Film Critics Circle nomeou-o como Melhor Ator Britânico.
O papel como Gilderoy Lockhart, em Harry Potter e a Câmara dos Segredos (2002), foi oferecido ao ator, no entanto este recusou-o. Mais tarde, revelou que se arrependeu desta decisão.
Em 2012, Grant foi apresentado no filme épico de ficção científica de Wachowskis e Tom Tykwer, Cloud Atlas, interpretando seis personagens diferentes. No mesmo ano, Grant emprestou a sua voz para a animação The Pirates! Em uma aventura com cientistas!.
2016 foi o ano em que o ator interpretou St. Clair Bayfield, na longa-metragem Florence Foster Jenkins, dirigido por Stephen Frears e estrelado por Meryl Streep. O seu desempenho foi sujeito a inúmeras críticas como: “melhor da carreira” (Screen International), “uma de suas melhores performances em anos” (Indiewire). O ator foi indicado para o seu primeiro prêmio individual do Screen Actors Guild e também recebeu indicações para um BAFTA, um Globo de Ouro, um Critics Choice Award, um Satellite Award e um European Film Award.
Mais tarde, apareceu como Phoenix Buchanan, no filme familiar Paddington 2 (2017), uma obra-cinematográfica de elevado sucesso comercial e com apreciações muito positivas. Com a sua performance, Grant ganhou o London Film Critics ‘Circle Award de Ator Coadjuvante do Ano.
Em 2018, o ator voltou às telas da televisão após 25 anos, como Jeremy Thorpe, na minissérie da BBC One A Very English Scandal, A minissérie, e em particular Grant, foi ampla e altamente elogiada. A análise do Digital Spy afirmou que “Sempre houve um pouco do diabo nas melhores curvas de Grant, e em Thorpe, um homem com um lado negro totalmente realizado, ele encontrou sua parte mais rica em anos”. Deste modo, Grant foi indicado para vários prêmios, como o Primetime Emmy Award, Screen Actors Guild Award, Golden Globe Award, British Academy Television Award.
Já este ano, o artista será a atração principal de um outro projeto televisivo, uma minissérie da HBO, The Undoing. A série está programada para estrear a 25 de outubro.