PAN acusa a academia minhota de "defraudar expectativas dos candidatos". Em declarações à RUM, a universidade justifica redução do número pelo decréscimo da procura.

A UMinho reduziu o número de vagas para estudantes maiores de 23 para o novo ano letivo.  Face a esta decisão o PAN, Pessoas Animais e Natureza, avançou com uma denúncia pública ao gabinete do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino superior.

Em declaração à RUM, Bebiana Cunha, deputada do PAN, acusa a instituição de “defraudar as expectativas de muitos candidatos”. Para a deputada, “houve alterações das regras inicialmente propostas pela Universidade do Minho, sendo que 10% das vagas para cada licenciatura ou mestrado integrado seriam para este concurso para maiores de 23”.

No entanto, não se verifica o cumprimento desta promessa. A isto, acrescenta o despacho interno da UMinho que revela um número de vagas “bastante inferior aos 10”.

A título de exemplo, a deputada recorda o caso da Licenciatura em Administração Pública que tem 41 vagas e apenas duas para maiores de 23. Bebiana Cunha sublinha que “isto é metade do que a UMinho inicialmente tinha referido e isto verifica-se numa série de licenciaturas”. Para a representante, a situação é flagrante e apela a que a universidade resolva o problema que criou.

Face à acusação, a academia minhota explicou hoje, à RUM, que a redução do número de vagas para candidatos maiores de 23 está relacionada com a diminuição da procura verificada nos últimos anos. A somar justificou, ainda, o aumento significativo de estudantes interessados em ingressar no ensino superiorna 1ª fase de candidaturas. Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, relembra que a Universidade do Minho “sabe e respeita a lei”, alertando que a fixação do número de vagas é “sempre muito significativa”.

Como tal reflete sobre o ano letivo 2019/2020, ano em que o curso maiores de 23 registou uma quebra do número de inscritos de cerca de 40 formandos face aos anos passados.  Por essa razão foram feitos “alguns ajustamentos”. Além disso, o Reitor alerta que o “número de vagas de cada curso é limitado pelo máximo de admissões que é fixado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior”.

O curso foi criado em 2006/2007, o que, para o reitor da UMinho, demonstra “um compromisso muito forte” com este grupo. Ainda assim, lembra também que “o curso por si, não garante o acesso e as pessoas sabem isso”.