Em comunicado, o Papa da academia minhota deixa o apelo ao “bem trajar”.
Face à pandemia, “todas e quaisquer atividades praxísticas presenciais estão proibidas e serão desencorajadas”. O anúncio vem do Cabido de Cardeais, órgão máximo das praxes académicas da Universidade do Minho, e foi divulgado esta sexta-feira.
A medida é “tomada em consciência” no arranque do novo ano letivo e vai ser “reavaliada com frequência”. “Vivemos tempos conturbados”, conta o Papa da academia, Pedro Domingues. Enumera as “liberdades suspensas” nos dias de acolhimento aos novos alunos, “sem abraços, sem toque, sem festas e arraiais”.
“Queríamos ter semanas incríveis e memoráveis, com a folia e animação características de um estudante do Minho”, avança Domingues. Enfrentando a impossibilidade imposta pela Covid-19, alerta, contudo, que a “praxe não está suspensa”. “Hoje, mais que nunca, temos de mostrar à sociedade do que realmente somos feitos”, defende.
Em julho, fazia-se força para o regresso às praxes presenciais. Agora, o apelo é viver a atividade praxística “envergando o traje”. Em sentido apelo, o Cabido de Cardeais encoraja a “arte de bem trajar” pois “ao trajar, o estudante do Minho está a mostrar sua resiliência perante uma dificuldade”.
“Trajem para ir às aulas, trajem para ir ao café, trajem”, suplica a estrutura responsável pela organização das praxes. “Façam-no para recordar tudo o que devíamos estar a viver, façam-no para mostrar a nossa cultura, façam-no para orgulhar a nossa academia”.