“Quais têm sido as transformações nos meios de comunicação social que temos visto nos últimos 10/15 anos?” foi a questão que deu início ao debate.

A Associação de Debates Académicos da Universidade do Minho (ADAUM) promoveu, esta quinta-feira, mais um debate, através da sua página do Facebook. O tema discutido foi “A Comunicação Social no Século XXI” e contou com a presença de Luís António Santos e Anabela Carvalho, atuais docentes na Universidade do Minho.

“O que nós temos nesta altura é um espaço de comunicação que, não apenas nos últimos 10 anos, mas talvez nos últimos 20, deixou de ser preenchido quase na totalidade por aquilo a que nós chamamos ‘os média’ e que passou a ser preenchido pelos média e por muitas formas alternativas de comunicação”, respondeu Luís António Santos ao mote inicial.

Por sua vez, Anabela Carvalho acrescentou que esta mudança levou a um “panorama extremamente complexo e confuso em termos da informação disponível, o que para muitas pessoas implica dificuldades de filtragem e seleção”. Os professores, maioritariamente em concordância, foram discutindo várias temáticas como a mudança do setor, a veracidade de conteúdo informativo, comunicação de ciência, entre outras.

Luís António Santos destacou a importância de que “todos nós somos produtores e consumidores de informação”, afirmando que a mesma é filtrada e que a relação do meio com o público nunca será a mesma que era no passado. Anabela Carvalho, estando de acordo, relatou que existe uma dificuldade eminente em distinguir o verdadeiro e o falso.

Perto do encerrar desta troca de ideias, é questionada a possibilidade de voltar a existir um meio de consenso comunitário. Luís António Santos afirmou não saber, dando como exemplo um processo de edificação.

Explicou ainda que “o processo de edificação é sempre mais lento do que para o deitar abaixo”, apelando desta forma à confiança das pessoas pela existência de justiça também nestes meios. Já Anabela Carvalho finalizou o seu discurso, salientando que “o caminho que percorremos causou muitos estragos que não vão ser fáceis de consertar”.

O debate encontra-se ainda disponível na página do Facebook da ADAUM.