Quem levantou a questão foi Rui Oliveira, no decorrer da reunião ordinária com todos os conselheiros, esta segunda-feira.
Os representantes dos estudantes no Conselho Geral da Universidade do Minho reivindicam uma adaptação equilibrada da instituição à nova realidade, nomeadamente ao ensino misto. Ou seja, pedem para que as salas devem estar preparadas para que um professor possa estar em simultâneo a dar a sua aula aos alunos da sala e aos que estão à distância por motivos de saúde.
Rui Oliveira, Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), elogiou a adaptação dos cursos na gestão dos horários face à pandemia e aclamou a aposta da UMinho no ensino presencial. Lembrou, ainda, que são necessários investimentos que garantam um funcionamento equilibrado da atividade letiva.
“Isto torna-se mais preocupante em alunos de risco ou em isolamento. Se não acompanharem a atividade letiva vamos ter desfasamentos muito grandes e problemas graves, por isso, defendemos a capacidade de adaptação das salas para que o professor possa estar a lecionar no presencial e em simultâneo no online”, afirmou Rui Oliveira.
Neste sentido e, em declarações à RUM, a estudante de enfermagem Beatriz Ventura confessou que tudo tem funcionado dentro do normal e destacou a “excelente organização” quer nas salas de aula como na cantina do campus de Gualtar, onde atualmente existem 300 lugares disponíveis em simultâneo.
Por outro lado, “é tudo muito diferente” para Diogo Pereira que frequenta a licenciatura em Estudos Portugueses. O estudante adiantou que ainda está na fase de adaptação. O mesmo acontece com João Sousa, colega de turma, que ainda não conhece os nomes dos edifícios. No início do ano de 2020, João nunca pensou que o ingresso na academia minhota não fosse contar com as tradicionais “quartas académicas”, contudo, reconheceu que todas as medidas que foram adotadas, até então, são “apropriadas”.
Ainda sobre a reunião, o representante dos estudantes voltou a criticar a falta de respostas em matéria de alojamento universitário e insistiu na importância de um apoio, via bolsa de ação social, ao transporte. “Este ano há mais gente a fazer a viagem casa-universidade, era importante um complemento das bolsas neste sentido”, repetiu, desafiando o reitor da UMinho a integrar este apelo.
A UMinho está, também, a elaborar um formulário de notificação e acompanhamento de casos. Uma ferramenta que vai permitir, caso seja necessário, estabelecer relações entre infetados. A informação foi avançada, esta segunda-feira, na Reunião do Conselho Geral pelo pró-reitor para a Qualidade de Vida e Infraestruturas da Universidade do Minho, Paulo Cruz.