É apresentado na portaria, que o espaço possui registos de habitação desde o século XVI.
De acordo com a portaria 608/2020 publicada em Diário da República, o complexo composto pela Casa e Quinta da Covilhã, em Guimarães, foi considerado um monumento de interesse público.
Fernando Távora, na década de 70 do século passado, foi o responsável pela mais recente reformulação da Casa e Quinta. Estando a primeira intervenção na construção do monumento datada de 1705. A Casa e Quinta encontra-se nas margens do rio Selho, afluente do Ave, representando aquilo que sobrou de um vale agrícola que tinha uma grande importância.
A Casa Principal possui uma planta com desenvolvimento retangular e volumetria regular correspondente a dois pisos, sendo o inferior semienterrado, composto por lojas e antiga cavalariça. Adjacente a esta, encontra-se a Capela de S. Sebastião, com uma planta simples e com um retábulo da época com imagem do padroeiro São Sebastião ao centro.
Os anexos agrícolas são exemplos da arquitetura vernacular, testemunho de usos e formas tradicionais, bem como de técnicas construtivas em completo desaparecimento. Os jardins desenvolvem-se com base num desenho regular que articula os diferentes espaços com muros, fontes ou tanques de pedra antigos.
É importante assinalar a autenticidade que o edifício revela, presente no enorme respeito pelas pré-existências e no extremo cuidado na escolha dos materiais e técnicas construtivas utilizadas nesta obra de reabilitação. A publicação acrescenta que “à exemplaridade desta intervenção, e ao valor intrínseco do imóvel e da sua história, vem somar-se a condição que este assume enquanto lugar de memória e testemunho perene do destacado arquiteto da “Escola do Porto”, evidenciando uma relação de grande cumplicidade e investimento material e afetivo, patente também na constituição do espólio, de grande valor artístico, que se conserva na casa da Quinta da Covilhã”.
Fernando Távora morreu em 2005 e, por herança, o atual proprietário é o seu filho, o arquiteto José Bernardo Távora, continuando esta a ser uma quinta de produção agrícola de Guimarães até hoje. A portaria de classificação, assinada pela secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Carvalho Ferreira, data de 8 de outubro.