O acesso facilitado a equipamentos de proteção e a capacidade de resposta do SNS face à pandemia de Covid-19 permitiram que voltássemos a ter aulas presenciais. Os alunos da Universidade do Minho foram enfrentados com a nova realidade e uma enchente de regras e procedimentos. Uma semana de aulas passou e já foi tudo muito diferente.
Nos campi existe sinalização no chão que indica as direções a seguir e gel desinfetante à entrada de todas as salas. Acrescendo a isto, surge o uso obrigatório de máscara dentro e fora dos edifícios e o cumprimento da etiqueta respiratória. A responsabilidade de cumprir estas medidas à risca está em nós e em toda a comunidade académica.
Nem eu, nem ninguém imaginou que o ano de finalista iria iniciar assim. Todas as celebrações, desde o Enterro da Gata ao Cortejo, estão num frente a frente com a pandemia e a sua evolução. No entanto, nós estudantes temos uma responsabilidade acrescida e devemos fazer tudo ao nosso alcance para que possamos ter uma janela de normalidade no fim de mais um ano letivo.
Ouve-se “estes anos são viagem” no hino da Universidade do Minho. De facto, trata-se de um viagem em que “todo o destino é partir”. Como finalista, sinto uma inquietação de não saber qual vai ser o destino e uma melancolia por não ser o ano que desejava. Como cidadã, a responsabilidade de zelar pela saúde pública está acima de todos os desejos.
Para aqueles cuja viagem começou agora, é fácil imaginar uma partida mais feliz. Apesar disso, as inúmeras experiências do primeiro ano da vida académica ficam por viver, causando a mesma melancolia. O sentimento de incerteza pode ser avassalador, por isso, é essencial ter alguém que dê consolo e lembrar que o Ensino Superior é um espaço para aprender e, por consequência, errar.
O regresso às aulas significa sempre um recomeço. Este ano, acrescentamos hábitos às nossas rotinas que fazem a diferença e impedem que fiquemos doentes. O número de casos de Covid-19 no país tem aumentando exponencialmente, fruto deste recomeço. Regressar ao confinamento e a um Estado de Emergência é algo que todos devemos evitar. Daí ser importante monitorizar os sintomas e prevenir um surto como aqueles que surgem por Portugal fora.
Não só como estudantes, mas também como cidadãos temos ainda a responsabilidade de nos mantermos informados. Muita informação leva à desinformação, por isso, é importante confiar apenas em órgãos noticiosos fidedignos.
Este ano letivo tem mais possibilidade de correr bem do que o anterior. Muito por causa da reintrodução do regime presencial que permite que certas UC’s se realizem dentro da normalidade. É lógico que toda a atividade presencial aumenta o risco de contágio. Por isso, a comunidade académica tem a responsabilidade de cumprir as normas de segurança.