O projeto, intitulado “Write’n’Let Go”, destina-se a estudantes portugueses que frequentem instituições de ensino superior nacionais.
A Universidade do Minho está a desenvolver o estudo “Writen’Let Go”, que procura perceber o impacto da escrita no sofrimento dos estudantes universitários, excluindo a intervenção direta de um psicólogo. O objetivo é que os estudantes escrevam sobre pensamentos e emoções ligados a uma dificuldade que tenham, como explicou João Batista, coordenador do projeto e investigador da Escola de Psicologia da UMinho.
“Têm existido alguns estudos empíricos desde meados da década de 80 que demonstram que escrever sobre dificuldades e experiências emocionais pode ter algum impacto no bem-estar das pessoas e, portanto, gostávamos de perceber esse impacto”, afirmou à comunicação social.
O estudo pretende avaliar não só o impacto no sofrimento, mas também o bem-estar. João Batista declarou que serão avaliadas várias dimensões, como a qualidade de vida, o afeto positivo e a autoestima.
Toda a logística do estudo é online. Os estudantes apenas têm que se inscrever na plataforma. Depois, passam por quatro etapas, conforme explica João Batista. Na primeira são feitas avaliações de sintomatologia depressiva e/ou ansiosa, como uma espécie de triagem para o que virá a seguir. Passada essa primeira fase, os voluntários vão realizar quatro tarefas, numa lógica de um exercício de escrita por semana com a duração de 20 minutos.
O projeto “Writen’Let Go” inicia a 15 de outubro de 2020 e termina a 15 de julho de 2021, sendo que cada voluntário participa apenas um mês. João Batista conta com a colaboração do colega Miguel Gonçalves e de Janine Marinai e Melissa Gouveia, alunas de mestrado da Unidade de Psicoterapia e Psicopatologia do Centro de Investigação em Psicologia da UMinho.