O evento, que junta a música eletrónica e a arte digital, vai decorrer simultaneamente de forma presencial e online.

A edição de 2020 do Festival Semibreve acontece este fim de semana, 24 e 25 de outubro. Este ano, o evento vai ter lugar no Mosteiro de São Martinho de Tibães, em Braga, a par com um formato virtual.

O festival vai promover a exibição de peças sonoras, instalações audiovisuais, ‘mesas redondas’ e workshops para famílias. Porém, esta semana, estão a decorrer residências de cinco artistas europeus: Nik Void, Laurel Halo, Oliver Coates, Pedro Maia e Klara Lewis. O objetivo é preparar trabalhos originais para a posteridade.

Em declarações ao ComUM, Luís Fernandes, diretor artístico do Semibreve, esclarece que “o festival é dedicado à vertente mais exploratória da música eletrónica”, convocando também a arte digital. Salienta a dimensão internacional do evento, referindo que, “desde cedo, extravasou as portas da cidade, de Portugal, e assinalou uma posição no contexto europeu”.

Assinalando os dez anos de existência do festival, o responsável faz um balanço “positivo” e descreve a evolução para uma iniciativa “mais séria”. “Começámos este festival de uma forma inocente, como entusiastas, e tem sido uma viagem transformadora”, afirma.

O também diretor artístico do espaço Gnration destaca a “mudança de planos” causada pela pandemia de Covid-19. “Em fevereiro deste ano tínhamos um festival totalmente preparado”, revela, acrescentando que o contexto pandémico obrigou “a pensar numa edição nova” adaptada à eventualidade de um confinamento.

Desta forma, refere que foi escolhido um formato “puramente pensado para o digital”, permitindo atingir vários públicos. “O Semibreve tem cerca de 40 por cento de público estrangeiro que, à partida, não virá ao festival”, admite. Considera, no entanto, que esta edição pode atrair “mais pessoas da cidade ou do norte do país”, destacando ainda o interesse vindo da região da Galiza.

Para o evento presencial do Semibreve 2020 é necessária a compra antecipada de bilhete. Este tem um custo de 6 euros e reverte integralmente para o Mosteiro de Tibães, enquanto que a experiência online vai ser gratuita.