A reivindicação começou desde que a gestão do Hospital de Braga passou do Grupo Mello Saúde para a esfera pública.
O Hospital de Braga assinou os acordos coletivos de trabalho (ACT) com as diferentes estruturas sindicais, para garantir igualdade salarial e laboral a todos os trabalhadores, foi anunciado esta quinta-feira.
Os sindicatos vinham reivindicando, há mais de um ano, a assinatura dos ACT para acabar com o que classificavam de “inadmissível discriminação” salarial daqueles trabalhadores. A última greve naquele hospital registou-se em 21 de setembro e foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN).
Assim, o salário de 1.571 trabalhadores do Hospital de Braga vai crescer a partir de novembro. Em causa estão 805 profissionais das carreiras gerais, 657 enfermeiros, 99 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e dez farmacêuticos.
Segundo o presidente do Conselho de Administração do hospital, João Porfírio Oliveira, aqueles profissionais “estavam a ser prejudicados”. Isto, em valores entre os 100 e os 200 euros.
“O Conselho de Administração empenhou-se afincadamente, desde o início, nesta matéria, para garantir maior equidade entre os profissionais”, referiu, na cerimónia de assinatura do acordo com os sindicatos.
O responsável disse que não serão pagos retroativos, mas sublinhou que as atualizações salariais vão acontecer em novembro. Desta forma, numa altura em que é pago o subsídio de natal. “É, por isso, duplamente importante a assinatura agora da adesão aos ACT”, referiu.
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu que este processo “nem sempre foi fácil”, tendo conhecido “avanços, recuos e aproximações”, mas congratulou-se com o desfecho.