Idosos em lares podem receber mais do que uma visita por semana
A Direção-Geral da Saúde delega nas autoridades de saúde locais a possibilidade de voltar a suspender as visitas em lares de idosos.
A Direção-Geral da Saúde (DGS), numa informação divulgada esta segunda-feira no seu website, autoriza as visitas a idosos em lares, “pelo menos, uma vez por semana”. Contudo, alerta que as autoridades de saúde locais podem suspender ou mesmo restringir as visitas de acordo com a evolução da pandemia de Covid-19.
“Mediante a situação epidemiológica local e na estrutura ou unidade, incluindo situações de surto, pode ser determinada, pela autoridade de saúde local, a restrição ou suspensão de visitas por tempo limitado”, informa a DGS.
De salientar que as visitas aos lares estiveram suspensas em todo o país entre 13 de março e 18 de maio, quando foram retomadas em todas as unidades. No entanto, numa fase inicial, permitiu-se apenas uma visita por utente e só uma vez por semana.
Na nota divulgada, a DGS lembra que as visitas às residências para idosos devem decorrer apenas com marcação, duração limitada (máximo de 90 minutos), em espaço arejado, e que os visitantes não podem levar objetos pessoais nem alimentos. Estas medidas aplicam-se também às Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e aos estabelecimentos de apoio social para crianças, jovens, idosos ou pessoas com deficiência.
Neste sentido, a autoridade de saúde recomenda que as instituições devem ter “um plano para operacionalização das visitas e ter identificado um profissional responsável pelo processo”. Refere também que as visitas não devem descurar o distanciamento social, a utilização de máscara e a desinfeção de mãos.
“A instituição deve garantir que a visita decorre em espaço próprio, amplo e com condições de arejamento (idealmente, espaço exterior), não devendo ser realizadas visitas na sala de convívio dos utentes ou no próprio quarto, exceto nos casos em que o utente se encontre acamado”, assinala. Acrescenta que, nos casos de quartos partilhados, devem ser criadas condições de separação física.
A DGS recomenda que a instituição deve, sempre que possível, definir corredores e portas de circulação apenas para as visitas, diferentes dos utilizados pelos utentes e profissionais. Sublinha ainda que deve ser respeitado o número máximo de um visitante por residente ou utente e que os visitantes não devem circular pelo espaço nem usar as instalações sanitárias dos utentes.
“Se não for possível, deve ser definida uma instalação sanitária de utilização exclusiva pelos visitantes durante o período de visitas, que deve ser higienizada entre visitas e antes de voltar a ser utilizada pelos utentes”, acrescenta. A autoridade de saúde recorda ainda que os visitantes aos lares que testem positivo ao novo coronavírus devem informar a autoridade de saúde local “caso tenham visitado a instituição até 48 horas antes do início dos sintomas”.