A entidade que gere as pousadas da juventude desmentiu a informação transmitida pelo Jornal de Notícias de que os estudantes universitários não estão a procurar as pousadas.
A Movijovem, entidade que gere as pousadas da juventude, assegurou esta quarta-feira, dia 7 de outubro, que há alunos do Ensino Superior a alojar-se em pousadas, graças ao acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A informação é contrária à transmitida pelo Jornal de Notícias (JN), de que estes espaços não estão a ser procurados.
De acordo com fonte da Movijovem, em declarações ao ComUM, a informação avançada pelo JN foi feita com “alguma precipitação”, uma vez que está desatualizada e já há estudantes a residir nas pousadas. “O JN tinha falado connosco há uma semana e nós realmente dissemos ao JN que ainda não tinham entrado estudantes nas pousadas da juventude, até porque o ano letivo ainda não tinha começado, mas estão agora a entrar e nós estamos a dialogar constantemente com as instituições do Ensino Superior”, garantiu.
A mesma fonte declara que a informação transmitida anteriormente ao Jornal de Notícias advinha do facto de que as aulas ainda não tinham iniciado. De facto, com o início da atividade letiva nas instituições universitárias as vagas em algumas das pousadas começam já a esgotar-se, como é o caso da Pousada da Juventude de Melgaço. “Nós tínhamos previsto um total de 18 camas e essas 18 camas já foram ocupadas. De qualquer forma, este processo tem sido dinâmico e nós temos estado também sempre a dialogar com as instituições do Ensino Superior. Portanto, podemos fazer ajustes na oferta e algumas correções”, afirma fonte da Movijovem.
Ainda não há ainda, no entanto, números concretos quanto à taxa de ocupação das camas existentes, uma vez que “as instituições não foram todas igualmente rápidas” no processo de comunicar a procura que estavam a ter. “Há umas [instituições] que têm mais oferta e mais procura também e que estão a demorar um bocadinho mais, há outras que são instituições mais pequenas e portanto foram mais rápidas a fazer isto e portanto estamos a andar a várias velocidades”, explicou. No entanto, foi frisado que os estudantes estão a ocupar as camas disponibilizadas nestes espaços.
O acordo entre a Movijovem e o MCTES permitiu um aumento de cerca de 4.500 camas para estudantes universitários. No concelho de Braga, são disponibilizados 205 quartos privados e 1.134 camas públicas. Os preços podem variar, na oferta privada, entre os 147 e os 375 euros, de acordo com variantes como a tipologia do quarto. Para além disso, a prioridade é alojar os estudantes bolseiros, em maiores dificuldades, pelo que apenas se vão alojar os estudantes não bolseiros se “depois de alojados todos os bolseiros, ainda existir espaço nas pousadas”.