Foram vários os momentos que marcaram a celebração do aniversário da Escola de Medicina, tais como a atribuição de prémios e a tomada de posse da nova presidência.
A Escola de Medicina da Universidade do Minho celebrou, esta quinta-feira, 20 anos de existência. A cerimónia decorreu no Altice Forum Braga, e contou com a presença de várias figuras centrais no funcionamento e desenvolvimento da Escola, incluindo o presidente que renovou o mandato, Nuno Sousa.
O presidente da instituição, Nuno Sousa, afirmou que “a missão da Escola é de melhorar os cuidados de saúde através da educação”. Confessou ter total confiança nos alunos e que o sucesso destes no exame nacional de seleção de internato médico foi uma prova da qualidade da formação. A procura pelo futuro é um dos objetivos, pois “estamos a preparar médicos do futuro e não do presente”. Algumas questões como o facto de esta Escola de Medicina ser a única do país que não tem um hospital universitário surgiram no decorrer do discurso.
Rui Vieira de Castro, reitor da universidade do Minho, salientou a qualidade formativa dos alunos, revelando que este projeto é “uma referência do sistema de educação médica no nosso país”. Segundo Vieira de Castro, a criação de uma escola na área das ciências da saúde “foi um sonho de sempre da universidade”, pois tal feito iria traduzir-se num auxílio ao bem estar da população da região. Os diversos projetos de investigação que são desenvolvidos na Escola foram ainda referidos, denotando-se a importância e o impacto dos mesmos.
“Culmina hoje uma caminhada na nossa vida”. Foi assim que Rui Silva começou o seu discurso em representação dos finalistas. O recém-graduado em Medicina aproveitou a oportunidade para revelar a rica oferta formativa do curso, onde a excelência, a inovação, o trabalho e a dedicação são para si palavras que descrevem a Escola a que chama de casa. A ajuda prestada pelos finalistas na linha de saúde SNS no combate à pandemia, os projetos Centro de Medicina Digital P5 e Porta Nova foram ainda referenciados pelo aluno como forma de comprovar a preocupação pelo lado humano que é incutida nos estudantes daquela Escola. “Esta caminhada não foi feita a solo”, foi assim que Rui Silva deu o mote para agradecer a todos os amigos e familiares.
Peter Scoles, professor catedrático graduado, deixou uma mensagem aos estudantes, onde contou como é que começou o projeto da criação de Escola. Peter Scoles referiu ainda que quando a Escola foi fundada, o ensino da medicina em Portugal e no mundo era muito focado em leituras e pouca examinação ao doente. Os desafios da criação de uma Escola como esta, com um projeto inovador foram ainda temas referidos, assim como as conquistas a nível nacional e internacional, provam a excelência de ensino desta instituição. “As pessoas são mais importantes do que a doença”, explicou, salientando a importância do lado social que se encontra vincado na formação dos futuros profissionais de saúde da Escola de Medicina da Universidade do Minho.
José Diogo Soares, presidente do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), metaforizou as vitórias e desafios que uma pessoa enfrenta ao longo da vida, com o que a Escola também já encarou. “A Escola de Medicina não perde o espírito aventureiro”, expressando o orgulho de quem estuda nesta instituição de ensino.
Sónia Gomes, representante dos graduados de mestrado e doutoramento realçou a concretização de um sonho. Sonho esse que coincidiu com um ano atípico, mas concluído com sucesso e com bases sólidas para o seu caminho. “São anos que ficarão marcados na nossa vida”, afirmou.
Marina Gonçalves, presidente da Alumni Medicina começou por dirigir a palavra aos recém-licenciados, afirmando que aquela seria “a primeira etapa de uma caminhada longa” que nunca termina. “Uma inspiração”. É assim que Marina Gonçalves vê os graduados, realçando o empenho, organização e a resposta que deram na ajuda do combate à Covid-19. Houve ainda uma palavra para os Alumni que se encontravam presentes e terminou a sublinhar a perseverança e a inovação que marcam esta Escola. “O sucesso de uma Escola não se mede apenas por números”.
Houve ainda espaço para a atribuição de distinções, com a entrega do prémio professor Joaquim Pinto Machado a Joana Palha, e do prémio Almedina a João Pedro Stuart Monteiro. A distinção no domínio de investigação com elevado índice de impacto acumulado por doutorado foi atribuída à área das ciências cirúrgicas. Ana João Rodrigues foi quem recebeu o prémio de artigo científico em revista internacional com índice de impacto mais elevado. Ainda o prémio professor Manuel Teixeira da Silva foi entregue a João Cerqueira e Susana Monteiro, o prémio de incentivo e valorização foi atribuído a Mónica Gonçalves, e por fim o prémio de incentivo à docência foi dado a todos os docentes da Escola.
A tomada de posse da presidência foi outro momento da cerimónia. Nuno Sousa voltou a assumir o cargo de presidente e José Miguel Pêgo, Jorge Pedrosa e Pedro Morgado assinaram o cargo de vice-presidentes. Foi ainda assinado o protocolo entre o Centro de Medicina Digital P5 e a Câmara Municipal de Paredes de Coura.