O autarca bracarense considera que o concelho não carece, neste momento, de medidas mais restritivas.
A Câmara Municipal de Braga não vai implementar, para já, medidas mais restritivas para a contenção da Covid-19. Ricardo Rio prefere esperar pelas decisões do Conselho de Ministros deste sábado, que podem contemplar a medida preventiva do recolher obrigatório.
Em declarações à RUM, o autarca de Braga aponta que uma medida deste género deve abranger todo o território nacional e não apenas algumas zonas do país. “A diferenciação entre diferentes espaços acaba por não garantir uma clareza de perceção dos cidadãos e pode não ser tão efetiva”, considera.
Apesar de Braga registar um aumento de casos diários, Ricardo Rio assume que o concelho não carece, “neste momento, de medidas mais restritivas” e esclarece que “vai acompanhar o evoluir da situação”. Ainda assim, sublinha que, “no espaço de quinze dias, quase se duplicou o número de casos por dia”. Como tal, acrescenta que, “a manter-se a situação, daqui por quinze dias podemos ter uma realidade diferente da que temos hoje”.
A intenção do Governo é decretar o recolher obrigatório, restrições específicas por concelho (dependendo do grau de risco) e o teletrabalho obrigatório. Estas foram as três medidas que o Executivo apresentou esta sexta-feira aos partidos com assento parlamentar.
Em cima da mesa das negociações está também um eventual regresso ao estado de emergência. Esta proposta não tem como objetivo impor um confinamento geral, mas sim dar ao Governo um enquadramento legal para implementar medidas mais restritivas.
Esta e outras iniciativas estão a ser debatidas no Conselho de Ministros extraordinário a decorrer este sábado. Nas reuniões desta sexta-feira, o Governo mostrou a intenção de recuperar do impacto da pandemia em novembro para ser possível “poupar o Natal”.