Em 2021 vai ser providenciada uma aplicação de vigilância fitossanitária para que os alunos das escolas de Viana do Castelo inventariem as diferentes árvores da cidade.
Cerca de sete mil árvores vão ter a sua “saúde” vigiada graças à aplicação móvel criada este ano. Nos dias que decorrem, a aplicação é usada para gerir as diversas árvores de Viana do Castelo e está integrada no projeto “Ciência Cidadã”. No entanto, nem todas as árvores estão inventariadas.
A fim de listar todas, pretendem, na primavera de 2021, disponibilizar a aplicação às escolas, “envolvendo os alunos das freguesias nesse trabalho”, declarou Ricardo Carvalhido, vereador do Ambiente na Câmara de Viana do Castelo, à agência Lusa. A proposta do município consiste em que “os alunos possam fazer essa recolha, utilizando os seus telemóveis, em contexto extraescolar, com as suas famílias”, explicou.
Ao realizarem a listagem, o registo das árvores inclui a sua natureza, causa de danos, fendas no tronco, diâmetro do tronco, desenraizamento, podridão, intervenções realizadas e sinalização para abate. Este mecanismo de gestão e listagem “permite que o trabalho seja bem feito, de forma sistematizada, constituindo-se como um verdadeiro registo clínico de cada árvore”, apontou Ricardo Carvalhido.
A aplicação vai, por um lado, providenciar um levantamento do património arbóreo das freguesias de Viana do Castelo. E, por outro, possibilita a promoção da “literacia geográfica através da preparação, recolha, tratamento, análise e sistematização de dados”.
Com o elevado número de árvores a monitorizar, o concelho “priorizou a análise das árvores do parque escolar” de Viana, “seguindo-se os exemplares localizados em logradouros públicos de recintos, como adros, ou em edifícios, como os das Juntas de Freguesia”. A monitorização arbórea consiste na recolha de exames, de modo a detetar defeitos internos na madeira.
Para além do desenvolvimento desta aplicação para preservar as árvores da cidade, o município sinalizou “áreas prioritárias para a recuperação ecológica da floresta nativa, nos 4.500 hectares ocupados pelos 13 monumentos naturais do concelho”. Além disso, no início de setembro, principiou-se uma empreitada constituída para erradicar “espécies exóticas em 90 hectares daquelas áreas naturais”.