Apesar da situação pandémica, o espaço cultural bracarense tem alcançado números positivos.

Oficina, a cooperativa cultural de Guimarães e a Casa da Música, no Porto, suspenderam todos os espetáculos até meados de novembro. Em resultado disso, o Theatro Circo está a vivenciar, segundo o diretor artístico Paulo Brandão, em declarações à RUM, “um fenómeno interessante”.

Com o fim do estado de emergência, a procura de representações culturais cresceu e a sala de espetáculos bracarense tem oferecido, simultaneamente, entretenimento e segurança. Aos olhos de Paulo Brandão é relativamente fácil perceber se o público gostou da oferta e se, por extensão, tenciona voltar.

Provas otimistas são os concertos musicais Valter Lobo e Noiserv que atingiram a lotação máxima permitida, 521 pessoas. Entre os meados de junho e o final de julho, o Theatro Circo recebeu 1.250 espectadores. Ainda que os lugares estejam reduzidos praticamente para metade, o diretor artístico refere que “o balanço é muito positivo”.

Na área do teatro, o público também aderiu, nomeadamente para a exibição das peças “Castro” e “Alma”. “Pinóquio”, um espectáculo infantil, revelou ser uma boa surpresa. Paulo Brandão admitiu sentir receio que os pais tivessem medo, mas acabou por haver bastante adesão.

Para próximas apostas, o Theatro Circo recebe a peça “Gostava de estar viva para vê-los sofrer”, da Companhia de Teatro de Braga, de quarta a sexta-feira, às 21h30. Para quem preferir música, pode assistir à atuação do Conservatório Internacional Annarella Sanchez para a cerimónia dos 150 anos da delegação de Braga da Cruz Vermelha, no sábado, pelas 17h30.