Além do apelo à utilização da aplicação Stayaway Covid, a cerimónia de boas vindas frisou a importância da formação dos estudantes num “quadro de valores que lhes permita contribuir para um progressivo desenvolvimento do nosso país e sociedade".

O Auditório Nobre, no campus de Azurém, foi o palco da sessão de boas-vindas aos novos estudantes da Universidade do Minho. Durante a sessão de quarta-feira, o reitor da instituição, Rui Vieira de Castro, aproveitou para explorar os motivos pelos quais os estudantes decidiram candidatar-se à UMinho.

Ademais, os representantes da academia minhota optaram por explorar a noção de responsabilidade e responsabilização. Desta forma, aconselharam e convidaram todos os estudantes a instalarem a aplicação Stayaway Covid. Relembre-se que no desenvolvimento da aplicação esteve envolvido o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência e o Haslab da UMinho.

Para além disso, Rui Vieira de Castro frisou a importância da formação dos estudantes nos vários contextos académicos. “Nós queremos formar pessoas tecnicamente capacitadas, mas também temos como objetivo essencial formar pessoas num quadro de valores que lhes permita contribuir para um progressivo desenvolvimento do nosso país e sociedade”, referiu.

O Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Rui Oliveira, relembrou que, há aproximadamente oito meses, afirmava que atualmente vive-se numa sociedade em rápida e constante transformação. No entanto, “não esperava que tal acontece-se de uma forma tão brusca e repentina como a que vivemos nos dias de hoje”.

Além do contexto pandémico, o presidente apontou outras problemáticas atuais, nomeadamente “a situação climática, o advento das tecnologias, as migrações culturais, a desinformação e a instabilidade das organizações políticas”. Sublinhou a importância que deve ser atribuída à discussão destas temáticas e que as universidades devem tomar partido delas.

Dessa forma, acredita que as universidades têm e terão “um papel de vanguarda no desenvolvimento da sociedade” e na “construção do futuro do país e da humanidade”. No entanto, só o poderão fazer se a universidade for “portadora de esperança e otimismo”. Para além disso, “terá de assinalar os perigos” e “não se pode demitir de apontar os caminhos.”

De qualquer das formas, os estudantes também não podem “falhar nesta chamada”. “Portugal e o mundo precisam de jovens cada vez mais comprometidos e dedicados ao futuro comum”, sublinhou. Ressalvou ainda que “Portugal e o mundo precisam de bons profissionais que saibam aproveitar esta fase para a aquisição de competências profissionais e sociais, através de uma participação ativa na dinâmica das salas de aula.”

Deste modo, incitou os estudantes da UMinho a “irem além da sala de aula”, reforçando que o “contexto de sala de aula não é o fim da aprendizagem, mas o início da descoberta”. Apelou à reflexão crítica, “perante si mesmo e o mundo” e à procura da “construção de um currículo pessoal e profissional”. Por fim e em suma, incentivou os estudantes a serem “cidadãos 5.0, cidadãos competentes, comprometidos, corretos, tolerantes, solidários, criativos e proativos”.