O webinar contou com a presença de quase uma centena de alunos.

Esta quinta-feira, a júnior iniciativa da UMinho, ACE Junior Agency, realizou um webinar sobre empreendedorismo nas camadas mais jovens. Contou com quatro oradores de diferentes startups portuguesas e os alunos presentes tiveram a possibilidade de esclarecer as suas dúvidas.

O webinar contou com a presença de Nuno Reis, estudante de mestrado integrado em engenharia e gestão industrial, ex-presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) e, mais recentemente, fundador e CEO da startup Hapibees. A Hapibees surgiu “com a ideia de criar uma plataforma de apoio à apicultura sustentável, demonstrar a importância da abelha e da polinização nos ecossistemas”, explicou Nuno Reis. “Queria fazer parte da solução e não do problema, por isso é que me meti no empreendedorismo e foi daí que veio a vontade de criar uma start-up”, adicionou o jovem empresário.

Verónica Orvalho, oriunda da Argentina e fundadora da Didimo, esteve também presente. A DIDIMO surgiu no Porto e é uma empresa tecnológica que transforma selfies em personagens 3D e já angariou 1,1 milhões de euros em financiamento.

Bruno Azevedo, estudou na FEUP engenharia eletrónica e é co-fundador e CEO da AddVolt. A ADDVOLT surgiu de um projeto de tese de mestrado em 2013 em que Bruno Azevedo e mais três colegas se aperceberam do problema do consumo de diesel nas carrinhas refrigeradas. Assim, comprometeram-se a estudar algo que viesse reduzir o consumo de diesel.

Joana Paiva tirou o mestrado integrado em engenharia biomédica na Universidade de Coimbra e é, atualmente, CEO da Intelligent Lab On Fiber. Durante o mestrado, começou a interligar a inteligência artificial às ciências e estudou a evolução de certas doenças. Entretanto, descobriu o mundo da ótica e a vantagem no mundo da medicina, realizando um doutoramento em ótica e em física. Desenvolveu uma tese à base dessa matéria, e a start-up proveio desses estudos.

Os quatro oradores explicaram quais as maiores dificuldades de criar um negócio e quais as melhores táticas para ter sucesso. Para Bruno Azevedo, os maiores obstáculos ao longo de sete anos de projeto foram contactar empresas, estudar e tornar o projeto em algo “que tivesse impacto na vida real”. “Achávamos que ia ser muito rápido, mas demoramos dois anos a passar de um protótipo para um teste em estrada e angariar verba para o fazer”, advertiu. Bruno Azevedo acredita que o mais importante é “a coesão e o espírito de equipa”.

Já para Verónica Orvalho, “os desafios vão variando conforme o estado em que a empresa se encontra, mas parecem cada vez maiores porque as equipas crescem e há muita responsabilidade”. Admitiu ser muito difícil gerir a equipa e criar um ambiente de bem-estar para todos e conseguir detetar qual os valores que acho mais importantes e encontrar pessoas com os mesmos valores, e assim há uma amplificação com pessoas com os mesmos valores em redor. “Autenticidade é o que procuramos em cada pessoa que vem trabalhar connosco”, sublinhou.