A sessão de apresentação da candidatura decorreu presencialmente durante a manhã e foi transmitida online à noite.

Braga apresentou-se esta sexta-feira como candidata oficial a Capital Europeia da Cultura 2027. A sessão pública de apresentação da candidatura decorreu da parte da manhã e foi transmitida em diferido à noite pelas plataformas Facebook e Youtube.

Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, foi o anfitrião da sessão, que teve lugar no Grande Auditório do Altice Forum Braga. O autarca fez-se acompanhar de alguns convidados, que intervieram de acordo com a sua experiência e a dos seus territórios nos processos de candidatura ao título europeu.

Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, tomou a palavra para refletir sobre o impacto da Porto 2001, tanto na cidade como na região Norte. Para além disso, deixou alguns conselhos ao homólogo bracarense e elogiou Braga pela “forte componente histórica” e “cidadania bem estruturada”. “As cidades com caráter não correm riscos de serem estrangeiradas”, afirmou.

Já Alberto Feijóo, presidente do Governo Regional da Galiza, referiu-se ao impacto de Santiago de Compostela 2000 e abordou a relação transfronteiriça. Sobre este tema, salientou a importância da eurorregião Norte de Portugal-Galiza para a “consolidação cultural” e a “projeção histórica” que teria a conjugação de Braga 2027 com o Ano Santo (Xacobeo) na mesma data.

Por fim, Cristina Farinha, membro do júri internacional de seleção e monitorização da Capital Europeia da Cultura, deu o seu ponto de vista enquanto perita dos processos de seleção das Capitais. A responsável portuense valorizou a “audácia e coragem” de Braga para entrar na competição e destacou as oportunidades que o projeto traz para a cidade e região envolvente.

No final da sessão com os convidados, foi ainda apresentada a instalação artística “Concerto para 2027 plantas”, da artista sonora Cláudia Martinho. Na instalação, as plantas (na sua maioria medronheiros) são conectadas a sensores que captam os seus impulsos eletromagnéticos, convertendo-os em som. Desta forma, cria-se uma polifonia de vozes vegetais, como se de um coro se tratasse.

Os medronheiros foram doados pelo projeto Terra de Esperança, uma parceria da ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente com a Fundação Galp. Como forma de deixar legado, estas árvores de fruto vão ser plantadas no concelho de Braga, com a colaboração das Juntas de Freguesia.