O autarca de Braga considera que, apesar de “necessárias”, as restrições deviam ter uma “aplicação homogénea em todo o país”.
O presidente do Município de Braga afirmou este sábado que as novas medidas anunciadas pelo Governo para o combate à Covid-19 são “as necessárias perante as atuais circunstâncias”. Contudo, defendeu que as restrições deveriam ser estendidas a todo o território nacional.
Em declarações à agência Lusa, Ricardo Rio sublinhou que as medidas a aplicar a 121 concelhos do país incluem apenas matérias e atividades “mais supérfluas”. Desta forma, considera que estas não incidem sobre a “normalidade possível” a nível profissional, académico e económico.
“São as medidas necessárias para as atuais circunstâncias”, referiu. No entanto, considera que, “até por uma questão de clareza, seria benéfica a sua aplicação homogénea em todo o país”.
O autarca de Braga pôs ainda em causa o “ganho da diferenciação” com as medidas adotadas. “À medida que o tempo for passando, serão mais os concelhos a entrar para a lista do que aqueles que irão sair”, afirmou.
O Governo anunciou este sábado que 121 municípios, incluindo Braga, vão ficar abrangidos, a partir de quarta-feira, por novas restrições. O dever cívico de recolhimento domiciliário, novos horários nos estabelecimentos e teletrabalho obrigatório são as principais medidas anunciadas.
Nos territórios considerados, que abrangem 70 por cento da população portuguesa, os estabelecimentos comerciais vão ter de fechar, na generalidade, às 22 horas. Nestes concelhos, ficam também proibidas as feiras e os mercados de levante. Relativamente a eventos e celebrações, estes ficam limitados a cinco pessoas, exceto nos casos em que os participantes pertencem ao mesmo agregado familiar.
A lista dos 121 municípios inclui os territórios com mais de 240 casos de infeção por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas. Dos 14 municípios do distrito de Braga, apenas ficam de fora do alcance das medidas especiais os concelhos de Terras de Bouro e Vieira do Minho.