A primeira temporada de Emily in Paris estreou em outubro. A série é a nova comédia dramática da Netflix e foi desenvolvida pelos criadores de Sexo e a Cidade (2008). O ambiente gossip e a trama previsível deixam muitos na ânsia de uma segunda temporada, porém trazem também bastantes críticas.

A série acompanha Emily Cooper (Lily Collins), uma jovem de Chicago que troca a sua cidade por Paris para trabalhar numa agência de Marketing. São dez os episódios disponíveis e não há um em que Emily não esteja com um look ousado. Este é um dos motivos pelo qual grande parte da audiência se afeiçoou à série. Os cenários das ruas lindíssimas de Paris são igualmente admiráveis.

É de realçar a rapidez com que são criados laços ao longo dos episódios, não descartando o bom trabalho do elenco. São muitas as personagens que, imediatamente após a sua aparição, criam laços “íntimos” com Emily, o que não seria de esperar numa situação normal. Isto talvez para amenizar a sensação de crítica aos parisienses ou até mesmo aos europeus, que são maioritariamente arrogantes e de difícil trato nos seus papéis.

Além disso, a maior parte das personagens masculinas que vão surgindo, a cada episódio, sentem-se atraídas por Emily, o que resulta em vários affairs amorosos. No entanto, estes romances também são muito rápidos na forma como se desenvolvem.

Há ainda quem afirme que a série é um cliché divertido e que era aquilo de que se precisava nos tempos em que se vivem. É verdade que de cliché tem bastante, o que faz com que se chegue a tornar até um pouco previsível.

A banda sonora, que é maioritariamente francesa, vai de encontro à temática desenvolvida na série. Porém, existe também ausência de transmissão de alguma emoção por parte da mesma em várias cenas. O ideal seria acrescentar outras músicas para que a série se tornasse mais impactante.

O último episódio deixa alguma curiosidade e fica em aberto, dando ideia de que existirá uma continuação. Esperemos que, no seguimento, Emily continue com os seus looks arrojados e que haja algumas melhorias no conceito, na fluidez e também na banda sonora.