Em causa está o comunicado do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas, que alerta para o facto de algumas administrações hospitalares recusarem acolher estudantes de medicina devido à atual situação pandémica.

O Presidente da Escola de Medicina (EM) da Universidade do Minho, Nuno Sousa, refere que nenhum dos estudantes de medicina da Universidade do Minho está impedido de frequentar a prática clínica nos hospitais. O mesmo considera “errada” esta tomada de posição, destacando que essa prática é “fundamental para alunos que serão os futuros médicos e vão estar a servir o país e os cidadãos”.

Nuno Sousa acrescenta, em declarações à RUM, ainda que “outros hospitais, noutras áreas do país em que a pressão até é maior, mantêm as portas abertas para a formação de estudantes na área da saúde. Em alguns casos está até a ser pedida a participação de alunos em atividades clínicas”. Frisando que esta situação não afeta apenas os estudantes de medicina, mas também alunos de outros cursos, Nuno Sousa espera que as administrações “revertam a decisão, seguindo o exemplo do que fez o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”.

Outra das preocupações expressas pelo CEMP está relacionada com a gripe sazonal. De acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), no que diz respeito à vacinação, os estudantes de Medicina são equiparados aos profissionais de saúde, um dos grupos prioritários.

No entanto, Nuno Sousa revela que isso “não está a acontecer em várias administrações regionais de saúde, incluindo no Norte”, prejudicando, por isso, os alunos da Universidade do Minho. Solicitando, tal como os seus colegas, “uma clarificação sobre a operacionalização da norma, especificando onde estão as vacinas e onde é que os estudantes podem fazer a respetiva administração”.