Manuel Heitor abordou as alterações no modelo de ensino em Portugal originadas da pandemia.

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, num encontro online que ocorreu esta segunda-feira, discutiu o futuro do ensino superior no país. Refere que os países do sul da Europa têm “uma carga letiva particularmente superior à típica nas sociedades anglo-saxónicas, quer em Inglaterra, quer nos Estados Unidos”. O ministro diz ainda que deve existir uma adaptação à carga letiva em Portugal.

Os responsável não esquece que a pandemia de Covid-19 obrigou a alterações no modelo de ensino em Portugal. “É uma oportunidade para adequar as práticas de ensino, dando maior relevância a trabalhos de projeto”, afirma.

O governante salvaguarda que “o ensino presencial é insubstituível”. Porém, “tem de ser cada vez mais concentrado no essencial e complementado com outras ofertas. Algumas das quais à distância, mas sobretudo com mecanismos de autoaprendizagem”.

Recordando que, mesmo em ano de pandemia, a “adesão ao ensino superior nunca foi tão grande”, Manuel Heitor explica a vontade do Governo de aumentar o número de estudantes nas academias, sublinhando o alargamento “de 21% para 30%” a proporção de alunos abrangidos pela ação social. O ministro enfatiza ainda, em relação ao futuro, que “as universidades vão ter de saber viver com o risco”, advertindo que “vão aparecer outras pandemias”.