Ryan Gosling completa esta quinta-feira, dia 12 de novembro, 40 anos. Entre a música e os ecrãs, o ator marca presença em 47 produções cinematográfica. As suas performances mais memoráveis encontram-se inseridas em romances e em filmes revestidos por clichês amorosos.
O artista foi a primeira pessoa nascida nos anos 80 a ser indicado para um Óscar de Melhor Ator. Na altura, Half Nelson (2006), a longa-metragem que lhe conferiu essa nomeação, exaltava os holofotes.Atualmente, o ator coleciona os filmes Blue Valentine – Só Tu e Eu (2010), Drive – Risco Duplo (2011), o famoso La La Land: Melodia de Amor (2016), Blade Runner 2049 (2017) e o romance incurável de O Diário da Nossa Paixão (2004), na sua longa lista de obras cinematográficas.
Antes de andar a partir corações atrás de um ecrã enquanto quer ser o super-homem ao mesmo tempo, destacou-se nas áreas de Drama e Belas Artes. Ryan Gosling pisou a Escola Pública de Gladstone e frequentou o Colégio e Liceu Vocacional de Cornwall. Após uma mudança para Burlington, Ryan ingressou na Lester B. Pearson High School. Mas, como nem só de escolas se faz uma pessoa, o menino de Londres não hesitou em apresentar-se pela primeira vez como cantor ao lado da irmã, Mandi.
Além de mandar uns toques jazz na guitarra, fez surgir Dead Man’s Bones, uma banda com o amigo Zach Shields. Put Me in the Car é o nome de uma das suas músicas. Além disso, Ryan Gosling, aprendeu a tocar piano em poucos meses para as cenas de La La Land: Melodia de Amor (2016).
Depois de uma audição aberta em Montreal para a série televisiva The All New Mickey Mouse Club (1989) no início de 1993, foi o escolhido entre 17 mil outros aspirantes a uma chance de representar no programa. Durante a série, viveu com a família de Justin Timberlake.
Mesmo que não tenha praticado nenhum curso formal de representação, depois de The All New Mickey Mouse Club (1989), abriram-se as portas para o palco e o âmago das gravações. Ryan mudou-se para a Califórnia com 16 anos e marcou presença nas séries Hércules (1998) e Breaker High (1997). A virar o milénio estava Duelo de Titãs (2000) e seguiram-se The Slaughter Rule (2002) e Crimes Calculados (2002).
Ao atuar como judeu neonazi, a controversa azáfama do filme O Crente (2001) rendeu-lhe o Grande Prémio do Júri no Festival de Cinema Sundance. O realizador e o guionista do filme, Henry Bean, dizia acreditar na educação rígida de Gosling, que acabou por aproximá-lo do universo da própria personagem, Danny.
Indicado ao Indepent Spirit Award como Melhor Ator Principal no ano seguinte, arrecadou o prémio Golden Aries, diretamente do Russian Guild of Film Critics. Dois anos depois, apareceu no expoente máximo da devoção e da entrega, num filme onde o nome de Allie se escrevia em toda a parte. O Diário da Nossa Paixão (2004) precede o auge da profissão de Gosling, nascido no mesmo hospital da longa-metragem. Para se preparar para o filme, o ator construiu a mesa da cozinha do cenário.
Chegou Half Nelson em 2006 e, com ele, uma nomeação ao Óscar de Melhor Ator. A pisar a ribalta, Gosling tornou-se presença querida e assídua na internet por entre memes, fandoms e críticas de filmes. Em 2010, continuava a conquistar as bilheteiras e, sob a pele de Dean, conjurou mais uma personagem quieta e emocionalmente distante, em Blue Valentine – Só Tu e Eu. Até La La Land: Melodia de Amor (2016) pisar o pódio, foi tempo de Amor, Estúpido e Louco, Nos Idos de Março, em 2011, e Como Um Trovão, em 2012.
Pelo meio, participou também em Drive – Risco Duplo (2011), numa sinfonia embalada pela noite ao som de Kavinsky. Dono da estrada e das estrelas, passou do drama e das luvas de couro para uma condução à euforia das cores em tumulto na ficção científica de Blade Runner 2049 (2017).
Ator e músico quando calha, não deixa de deitar um olhinho à comida. É, assim, co-fundador de um restaurante marroquino em Beverly Hills, juntamente com dois amigos. Gosling, o apelido que o abraça, vem da Inglaterra, onde nasceu o trisavô George Edward Gosling. Habituado a manchar os ecrãs das salas de cinema com um nariz partido, seja em Blue Valentine – Só Tu e Eu (2010), Só Deus Perdoa (2013) ou Blade Runner 2049 (2017), Ryan Gosling faz hoje 40 anos de disciplina, talento e de personagens frias, conceptuais, problemáticas e/ou distantes.