Autarcas garantem estarem criadas condições únicas para a construção de um espaço propiciador de práticas culturais e inovadoras.

O tema “O Teatro Jordão e o Bairro C no Centro do Futuro da Cidade” foi o mote da conferência online que reuniu o Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, e o presidente da Sociedade Musical de Guimarães, Vítor Matos. A conversa esteve sob moderação de António Amaro das Neves.

A obra em curso para a recuperação do edifício do Teatro Jordão e Garagem Avenida permite a implementação da Escola de Artes Performativas, Escola de Artes Visuais, Escola de Música e Espaço de Auditório. Trata-se de um investimento de cerca der 14 milhões de euros, sendo comparticipado em 80% por fundos europeus.

O presidente da Câmara de Guimarães destacou os “grandes desafios” na criação de condições para a produção de conteúdos no âmbito da cultura e das artes. “A cultura é o que nos faz diferentes, dá sensibilidade para apreciar a beleza da vida e aprofundar o humanismo”, salientou Domingos Bragança. “O futuro tem grandes desafios e, no âmbito do Bairro C, Teatro Jordão e Garagem Avenida, importa trabalhar o modelo de governança para implementar já em junho do próximo ano”, referiu ainda Domingos Bragança, revelando a “ambição” na classificação da Zona de Couros como Património da Humanidade.

O reitor da Universidade do Minho enalteceu a cooperação entre a academia e a autarquia vimaranense, considerando “um caso único e de estudo” perante a constante articulação entre as instituições. “O projeto do Bairro C é muitíssimo relevante para a Universidade, desde logo porque se projeta num espaço no qual a Universidade se encontra fortemente implementada, no Campus de Couros e com um projeto em construção para onde migrará a licenciatura em Teatro e a licenciatura em Artes Visuais”. Rui Vieira de Castro aponta também que “através destes cursos, serão criadas melhores condições para uma interação forte e produtiva com a cidade”.

O Presidente da Sociedade Musical de Guimarães, Vítor Matos, abordou a criação de “novas linguagens artísticas no âmbito das artes performativas”. Deste modo, vislumbra “o Bairro C como ponto de encontro do conhecimento científico e assumindo-se o Teatro Jordão como espaço de eleição para alavancar novos desafios artísticos”. Salienta também que têm “o grande desafio de coproduzir e estabelecer sinergias numa lógica de rede em que todos são parte essencial”.