Os deputados em causa não compreendem a exclusão de Braga nos critérios de priorização da vacinação contra o Covid-19.

Deputados do PSD, eleitos pelo distrito de Braga questionaram, este domingo, dia 27 de dezembro, Marta Temido sobre os critérios de priorização do plano de vacinação contra o coronavírus. Braga não foi abrangida pelo plano de vacinação, enquanto que Coimbra, com menos habitantes, apresenta prioridade em relação à cidade bracarense.

“Sendo absolutamente compreensível que sejam seguidos critérios de natureza populacional, isto é, que seja seguida uma ordem de prioridade em função da dos locais com mais população, verifica-se, contudo, que o distrito de Coimbra, com uma população residente de 429.714 habitantes, dista muito significativamente da população do distrito de Braga”, afirmam os deputados. O distrito de Braga apresenta uma população residente de cerca de 96 mil habitantes.

Os deputados sociais-democratas comparam o concelho de Coimbra com os de Braga e Guimarães. “Verifica-se que o concelho de Braga, com uma população residente de 181.494 habitantes e o concelho de Guimarães com uma população residente de 158.124 habitantes é, qualquer deles, mais populoso que o concelho de Coimbra com uma população residente de 143.396 habitantes”, explicam. Além das diferenças populacionais, os profissionais do partido social-democrata apontam o facto de ambos os concelhos, Braga e Guimarães, apresentarem unidades hospitalares universitárias.

A par destes dados, os deputados questionam a Ministra da Saúde sobre “a razão da inclusão do distrito de Coimbra e respetiva unidade hospitalar (Centro Hospitalar Universitário de Coimbra) nos locais que primeiro receberão a vacina contra a Covid-19”. Visto que existem “regiões mais populosas cujas unidades hospitalares servem uma população significativamente mais alargada”, lê-se nas perguntas remetidas a Marta Temido.

Se os critérios de priorização se alargarem para argumentos geográficos, os profissionais do partido social-democrata inquirem o porquê de não ter sido “então incluído o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, situado em Faro, geograficamente mais distante de Lisboa e com potencial de cobertura aos profissionais de saúde das regiões do Alentejo e Algarve”, acrescentam nas perguntas.