O presidente da Comissão Eleitoral considera que a redução da taxa de abstenção se deve à implementação do sistema eVotUM.

Em comparação ao ano anterior, em que a percentagem de 84% de abstenção não se alterou, este ano a taxa baixou consideravelmente, para os 78,2%. A percentagem de estudantes que votaram nos diferentes órgãos da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) nestas eleições foi de 21,8%, sendo que o número de alunos nos cadernos eleitorais subiu mais 39 em relação ao ano passado.

Num universo de 17.034 eleitores, mais 39 que no ano anterior, 3.718 deslocaram-se às urnas. No terceiro ano consecutivo em que Regulamento Geral de Proteção de Dados foi aplicado por parte da Universidade do Minho, os estudantes tiveram que novamente partilhar os seus dados pessoais com a Comissão Eleitoral para poderem votar. Do mesmo modo, devido à pandemia de Covid-19, foi implementada a votação via e-VotUM.

O presidente reeleito da direção da Associação Académica, Rui Oliveira, confessa que os resultados não são de todo motivo para alegria. “Não vou felicitar uma redução da abstenção quando os valores continuam muito elevados”, declara. Finaliza com um apelo: “Como estudantes, temos de trabalhar em conjunto para reduzir ainda mais a abstenção”.

Por sua vez, Ivo Marques refere que, “se não tivesse havido voto online, teríamos cerca de mil pessoas [a votar]”. Deste modo, o Presidente da Comissão Eleitoral da AAUM destaca a visão de que “os estudantes aprovam o eVotUM como uma plataforma para o futuro”, mas que “um regime misto teria ainda menos abstenção” .

Entrevistas: Ana Sousa e Inês Batista
Multimédia: Mariana Pinto Fernandes e Joana Mafalda Gomes