A Sociedade Portuguesa para a Educação e Engenharia (SPEE) é, neste momento, uma referência não só académica como também social.

A professora na Escola de Engenharia da Universidade do Minho Filomena Soares foi eleita presidente da Sociedade Portuguesa para a Educação e Engenharia (SPEE) num mandato que se estende até 2022.  O ComUM conversou com Filomena Soares, de forma a perceber as suas perspetivas e desafios enquanto presidente desta Sociedade, bem como o seu ponto de vista, acerca do modelo de ensino atual, na área das engenharias.

ComUM – Como se sentiu quando tomou conhecimento de que teria sido a escolhida para o cargo de Presidente desta comunidade?

Filomena Soares – Nos últimos dois anos já fazia parte da direção da SPEE, como vogal, juntamente com Gustavo Alves (Presidente) e Bill Williams (vogal). Os dois colegas continuam envolvidos na vida da sociedade, mas com outras funções. Coube-me a mim encabeçar uma propositura para o próximo mandato, assumindo agora a função de Presidente. Candidatei-me, formei uma equipa alargada, envolvendo mais sócios neste projeto dos que os previstos nos Estatutos, a assembleia votou e elegeu-nos. E é com orgulho e responsabilidade que a nova equipa da SPEE encara este mandato.

ComUM – Quais as suas perspetivas para o seu percurso enquanto presidente?

Filomena Soares – Dinamizar a SPEE a nível nacional e internacional através da participação dos sócios, incluindo a angariação de novos associados que acarinhem os desafios da Educação em Engenharia.

ComUM – Relativamente ao ensino na área da engenharia, quer enquanto docente, quer enquanto presidente desta associação, prevê que sejam necessárias medidas para que seja melhorado e aprimorado?

Filomena Soares – Não se ensina como se ensinava há uns anos atrás. A transmissão de conhecimento e os meios para o fazer evoluíram. Diria até que antes ensinava-se, implicando uma atitude passiva do aluno, o aluno era um espectador. Agora transmite-se conhecimento, o aluno tem parte ativa no seu percurso de aprendizagem. Esta mudança implica necessariamente o modo de estar em sala de aula, quer do professor quer do aluno. E aqui a tecnologia é um facilitador importante. A investigação em Educação em Engenharia tem vindo a ganhar força e reconhecimento. Mas ainda há um caminho a percorrer, ou melhor, a continuar a percorrer.

ComUM – De que forma pensa que esta comunidade e as suas medidas poderão contribuir para um maior sucesso dos estudantes de engenharia?

Filomena Soares – Na medida em que se difundem novas estratégicas, métodos e ferramentas de ensino/aprendizagem no sentido de promover uma participação e aprendizagem ativas dos estudantes de engenharia, os futuros engenheiros.

ComUM – Qual pensa ser para si, o maior desafio enquanto presidente desta comunidade?

Filomena Soares – Envolver os sócios- angariando mais- em atividades de educação em engenharia.