A propósito do 45º aniversário, o presidente do Instituto da Educação, Leandro Almeida mostra que a instituição atravessa alguns desafios.
O Instituto de Educação da Universidade do Minho festejou, na quinta-feira, 45 anos de existência. Para assinalar a data, foi realizada uma sessão solene com as intervenções do reitor da Universidade do Minho, do presidente do Instituto de Educação. Para além disso, houve ainda espaço para a entrega do Prémio Almedina e para uma homenagem aos docentes aposentados.
Rui Vieira de Castro salientou os feitos assinaláveis do Instituto de Educação, através dos “projetos de formação inovadores” , e do “enorme impacto na educação da sociedade” através dos educadores e professores formados no Instituto. “É uma unidade orgânica com um papel marcante no campo científico da educação”, explicitou, quando se referia aos projetos de educação que o Instituto protagonizou. Porém, o reitor da academia minhota desafiou a que o IE se repense, e “repense também na sua orgânica, procurando ultrapassar aquilo que são os desequilíbrios estruturais com que hoje se confronta”. “Acredito que o IE tem em si o potencial, a vontade e a energia para conseguir este objetivo”, rematou.
O presidente do Instituto de Educação, Leandro Almeida, começou por realçar a forma como o Instituto fez frente às dificuldades impostas pela Covid-19, desde os apoios disponibilizados aos estudantes, até à adaptação das aulas e avaliações que foram feitas pelos docentes. Os pontos positivos que “ilustram a capacidade empreendedora do Instituto” foram referidos, como o aumento de estudantes de 1º e 2 º ciclo que ingressaram no Instituto ou o aumento do número de cursos oferecidos. Na investigação, Leandro Almeida destacou a classificação elevada atribuída aos dois centros de estudos, o aumento do número de doutoramentos e parcerias com universidades internacionais.
As várias iniciativas de apoio à sociedade, como é o caso do projeto “Trancadas em Casa”, que apoia crianças com Covid-19, criado logo no início da pandemia foi ainda salientado. Nas “ameaças à sustentabilidade do IE e dos seus projetos”, o presidente do Instituto de Educação explicitou a falta de uma “maior presença do IE em debates nacionais em torno dos problemas da sociedade dos nossos dias”, apontando a perda desta capacidade por parte do Instituto ao longo dos anos. O segundo desafio, e “talvez o maior desafio”, passa pelo “desenvolvimento sustentável do Instituto”.
O Prémio Almedina foi entregue à estudante Maria José Silva Moreira, e a homenagem aos docentes aposentados em 2020 recaiu sobre o professor Alberto Filipe Araújo e a professora Maria de Lurdes Trindade Dionísio. Alberto Filipe Araújo referiu que o momento “se resume a um momento, mas que é uma vida”, enquanto Maria de Lurdes Trindade Dionísio conta que foram 35 anos e um mês “a tentar fazer as coisas certas, as coisas que me eram agradáveis”.
Houve ainda a conferência com o tema “Os próximos 45 anos da escola democrática: um exercício futurista?”, encabeçada pelo Secretário de Estado Adjunto da Educação, João Costa.