“Ao meu protagonista, o mais belo aplauso” é o titulo do primeiro livro da jovem bracarense.

Margarida Cruz lançou o seu primeiro livro, intitulado “Ao meu protagonista, o mais belo aplauso”. A estudante da licenciatura em Estudos Portugueses, na Universidade do Minho, conversou com o ComuM sobre o gosto pela leitura e o sentimento “prazeroso” por fazer das palavras a sua forma de expressão.

Aos 20 anos, Margarida conseguiu concretizar um dos seus objetivos a longo prazo. Apologista de que “quem escreve por gosto não cansa”, a jovem bracarense revela que este livro foi fruto de uma oportunidade que “veio em tom de surpresa” por parte da editora Chiado Books. “Sempre escrevi por prazer e, por isso, nunca levei isto como uma responsabilidade”, justifica.

Ana Rita Peixoto/ComUM

Sobre o tema que escolheu para o livro, Margarida diz que é o “resumo de um clichê” de uma narrativa romântica, apesar de não gostar deste estilo. Desta forma, revela ter colocado à prova as suas crenças sobre as histórias românticas. “Eu comecei a escrever este livro porque dizia sempre, e ainda digo, que não gosto de ver nem ouvir falar de romances. É tudo muito clichê e isso não acontece na vida real”, explica.

Apesar disso, Margarida percebeu que, ao descobrir este lado romântico, acabou por “escrever melhor, como se sentisse na pele as emoções e sentimentos que se encontram na história”. “A minha ideia foi contrariar o facto de não aceitar clichês e, no final de contas, acabei por escrever um”, salienta.

Ana Rita Peixoto/ComUM

Sem revelar muito da narrativa, a autora menciona que, neste livro, encontram-se “algumas características que têm de existir não só no romance como também nas relações pessoais”. Para além de uma história romântica, considera que esta é uma obra que “fala muito do respeito pelo tempo e do respeito pelas características e personalidade das outras pessoas”.

No entanto, diz não fazer generalizações, pois “cada pessoa é um ser individual”. “Este é um romance muito rápido, onde não há muitos pormenores – há os essenciais – e no fundo acaba por ser uma mensagem enorme para muita gente que facilmente se vai identificar com as emoções das personagens”, adianta.

“Aquilo que eu quero passar é que, sendo eu não conhecida, acho que todos nós devemos ser infinitos naquilo que fazemos e não temos de ter medo de partilhar a nossa arte, as nossas experiências, de sermos autenticamente nós. Não há limites para fazer aquilo que mais amamos”, confessa a autora.

Assim, Margarida Cruz encara este livro como “o primeiro passo numa jornada para se tornar num alguém genuíno que publica os seus sentimentos sem medo”. Em conclusão, afirma a vontade de querer lançar mais livros e pôr a sua escrita numa partilha “maior”.