Todos os anos as pessoas tendem a fortalecer o seu espírito natalício de diversas formas. Umas com livros, com música ou com cânticos, outras com decorações, cozinhados ou prendas. O que é certo é que ver filmes e séries de Natal é uma das opções favoritas dos demais. Para que as listas de filmes sejam constantemente renovadas para reavivar os diferentes espíritos, o ComUM sugere um conjunto de obras cinematográficas a assistir nesta época.
Happiest Season (2020) – É um filme de comédia americano, que conta com a presença de Kristen Stewart e Aubrey Plaza, grandes nomes na área do cinema. Abby Holland odeia o Natal desde a morte dos seus pais nesta época, e por isso, a sua namorada, Harper Caldwell decide convidá-la para comemorá-lo em casa dos seus pais. Abby encontra aí a oportunidade perfeita para se apresentar aos pais da sua companheira e, por isso, aceita. Durante o caminho para casa de Harper, ela revela que os seus pais não sabem da sua sexualidade e que tal revelação pode interferir na candidatura do seu pai a presidente da sua cidade natal, sendo uma cidade pequena e conservadora. Decidem, então, fingir que Abby é a sua colega de quarto heterossexual. É a partir daí que começa todo um feriado natalício cheio de peripécias e comédia à mistura. Um ótimo filme de Natal para assistir às gargalhadas em família, na noite de ceia.
Um Desejo de Natal – (2019) – A 23 de dezembro de 2019, fomos presenteados com um filme de Natal português. Escrito por Patrícia Sequeira, Um desejo de Natal conta com, tal como a sua sinopse não poderia explicar melhor, “várias histórias de amor e esperança, unidas entre si por fios invisíveis. Há quem chame a esses fios magia, há quem lhes chame destino. O que importa é que eles vão conduzir todos os nossos personagens para um mesmo desfecho, num mesmo dia: A véspera de Natal”. Essas mesmas histórias são-nos trazidas por Cláudia Vieira, João Manzarra, José Fidalgo, Sara Matos, Oceana Basílio, Soraia Chaves, Tiago Teotónio Pereira, Joana Solnado, Mariana Pacheco, entre muitos outros atores portugueses. A reconciliação de uma família e a descrença no amor são alguns dos tópicos abordados por esta obra cinematográfica.
Noelle (2019) – Com a aproximação do Natal, vivem-se dias agitados no Pólo Norte. Após a morte do atual Pai Natal, cabe ao filho mais velho, Nick, assumir este papel e garantir a continuidade do trabalho. No entanto, para desempenhar esse papel, é preciso um treino específico ao qual Nick não consegue corresponder. Noelle (Anna Kendrick), a filha mais nova do Pai Natal e irmã de Nick, vive intensamente esta época natalícia e ficou responsável por espalhar esse espírito. Contudo, quando vê o irmão com dificuldades, sugere-lhe tirar uns dias de folga antes do Natal. Mas os dias passaram e ninguém sabe de Nick, ameaçando a distribuição dos presentes no dia 24. Nesta comédia da Disney Plus encontramos um enredo que promete muita diversão e um verdadeiro espírito natalício para toda a família.
Uma Segunda Chance para Amar (2019) – Kate é uma jovem com uma particularidade especial: tudo lhe corre mal. Trabalha como elfo numa loja temática de natal, mas o seu verdadeiro sonho é ser cantora. Quando conhece Tom, tudo o que antes lhe parecia impossível, começa a acontecer e as barreiras emocionais que construiu, pouco a pouco, vão desaparecendo. No entanto, Tom é um homem é um pouco misterioso. A comédia romântica, dirigida por Paul Feig, apresenta um dos melhores plot twist já vistos em filmes de natal. A obra cinematográfica é um verdadeiro filme natalício com um toque especial do romance reconfortante da época (Título Original: Last Christmas).
A Princesa e a Plebeia (2018) – Apesar da tentativa renovada da comédia romântica – A Princesa volta a ser Plebeia (2020) -, nada se compara com o original da Netflix. Primeiramente, devem se estar a questionar sobre a autenticidade da classificação de tal título como um filme de Natal. Não desesperem, rapidamente respondo às vossas preces – o clímax do filme ocorre na quadra natalícia. Sendo assim, trata-se de um filme que se enquadra na época. No entanto, foge do cliché. Atenção, sem querer deixar margens para dúvidas, A Princesa e a Plebeia apenas se distancia dos clássicos nesse sentido, uma vez que tudo o resto se assemelha a um típico filme de comédia romântica. Relembremos a premissa: Vanessa Hudgens divide-se entre Lady Margaret Delacourt e Stacy De Nevo, duas mulheres com vidas completamente diferentes, com o sonho de estar em contacto com um outro mundo e uma possibilidade milagrosa de o fazer (Título Original: The Princess Switch).
Christmas Wonderland (2018) – Mais uma vez, parece que o Natal e as comédias românticas andam de mãos dadas. Felizmente, Christmas Wonderland não espelha uma realidade ficcionada e explora muito mais do que uma realização instantânea de um novo amor. O primeiro ponto positivo corresponde à possibilidade de revisitarmos Emily Osment. Eternizada pela sua performance em Hannah Montana, somos presenteados com uma versão mais madura da atriz. O segundo ponto positivo centra-se na atenção redobrada na transmissão de ensinamentos essenciais ao crescimento individual e a vida em sociedade. Por entre o jogo do gato e do rato de Heidi Nelson e Chris Shepherd, é explorada a necessidade de vermos os obstáculos como oportunidades, a indispensabilidade de não deixarmos de ser nós próprios e de lutarmos pelos nossos sonhos, mesmo que isso implique desviarmo-nos da comodidade, e a obrigatoriedade de nos permitimos viver, viver distantes de uma realidade quase que automatizada. Mesmo que a nossa vida pareça “Upside Down”, aproveitemos a mistura de “Jingle Bells”, para que esta época não deixe de saber a Natal. E só assim podermos dizer “It Feels Like Christmas”.
Klaus (2019) – A obra cinematográfica presenteia o espectador com um conto original de como surgiu o Pai-Natal. Jasper é um carteiro com uma vida rica e cheia de regalias. Preguiçoso e vaidoso, não exerce a sua profissão, porque vive no comodismo do dinheiro do pai. Ao ver que Jasper precisa de fazer pela vida, o seu pai manda-o trabalhar para Smeerenburg, com um objetivo real: distribuir seis mil cartas ou ser deserdado, se voltar para casa. Jasper aceita com firmeza o desafio e para atingir a sua tarefa, de forma inconsciente, cria a personagem que atualmente conhecemos como o Pai-Natal. A obra cinematográfica é revestido de fantasia, inocência e magia e oferece ao espectador mais do que aquilo que este espera de um filme natalício. Em Klaus encontramos as resposta para aquilo que sempre quisemos saber sobre o nosso preferido homenzinho de barbas e fatinho vermelho que desce pela chaminé e deixa presentes.
O Grinch (2018) – A obra cinematográfica, diferente e divertida, retrata a história de um rabugento homenzinho verde que não gosta do Natal. Curiosamente, aquilo que altera a sua predisposição para esta época do ano é uma simples menina, com um desejo peculiar. O filme é uma boa opção para entreter, não só a geração mais nova na época natalícia, mas também os graúdos. A obra cinematográfica consegue ostentar verdadeiramente a magia do Natal e demonstra que quando estamos rodeados de amor, tudo fica mais especial (Título Original: The Grinch).
A Origem dos Guardiões (2012) – Nesta história de encantar, o Pai Natal, o Coelho da Páscoa, a Fada dos Dentes, entre outras figuras do imaginário, têm a profissão de proteger a inocência das crianças, por todo o mundo. Contudo, o vilão Pitch Black planeia derrubar os Guardiões imortais, obliterando a crença das crianças neles. A consequência será mergulhar os menores num mundo onde reina a escuridão e o desespero. Cabe a um duende de inverno chamado Jack Frost estragar os planos de Pitch e salvar os Guardiões da destruição. O filme é uma espécie de Os Vingadores (2012) dedicada ao público mais novo, mas igualmente bem feita para uma audiência mais exigente, ao ponto de ter sido nomeada aos Globos de Ouro norte-americano, na categoria para Melhor Filme de Animação (Título Original: Rise of the Guardians).
Um Conto de Natal (2009) – O filme de animação dirigido por Robert Zemeckis, depois de estrear em Portugal, tornou-se rapidamente num grande ícone no que diz respeito a filmes natalícios. Ebenezer Scrooge é um homem de negócios avarento, ganancioso e austero, que vive solitário e odeia a época natalícia. Na véspera de Natal, Scrooge recebe uma visita sinistra em sua casa: o espírito do seu ex-sócio, acorrentado devido às maldades que cometeu em vida. Marley explica que o seu espírito nunca poderá descansar em paz e terá de carregar, para toda a eternidade, o peso da sua avareza. O mesmo será o destino de Scrooge. No entanto, o velho presunçoso ainda vai a tempo de mudar o seu caráter desprezível. O facto de o filme ser uma animação digital 3D gravado em captura de movimento transfere dinamismo e realismo às imagens. As feições do rosto de Scrooge são detalhadas e expressivas, quase que se aproximando a uma figura humana. Todavia, o imaginário e a fantasia nunca se isolam da essência da narrativa. Conseguimos perceber isso pela magia das viagens no tempo e das visitas dos espíritos, mas também pelo exagero da fisionomia de Scrooge. O filme, para além de ser um clássico natalício, tem uma narrativa moralista que apela ao humanitarismo (Título Original: A Christmas Carol).
Artigo por: Ana Francisca Mora, Ana Margarida Alves, Bruna Sousa, Francisca Graça, Ilda Lima, Lara Duarte e Maria Francisco Pereira