Allan Stewart Konigsberg, mais conhecido como Woody Allen, completa 85 anos esta terça-feira, dia 1 de dezembro. Para além de cineasta e roteirista, é também escritor, ator e músico. Woody Allen é reconhecido por incorporar uma personalidade diferente da sua enquanto cineasta.

Filho de um livreiro e restaurador de livros, Woody Allen começou a sua vida no mundo jornalístico tendo chegado a escrever colunas de jornais e a fazer programas de rádio. No entanto, a verdadeira paixão deste membro da época do “New Hollywood” depressa se revelou. Começou a escrever peças de comédia para a televisão na década de 1950 e ainda publicou vários livros com peças curtos de humor.

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No início da década de 1960, começou a atuar como comediante de stand-up, com especial atenção a monólogos invés de piadas tradicionais. Em meados da mesma época, Allen já escrevia e dirigia filmes, inicialmente comédias e, posteriormente, dramas influenciados pelo cinema europeu nos anos de 1970.

Com uma longa lista de filmes, destacam-se Noiva Nervosa (1977), Manhattan (1985), Balas sobre a Broadway (1994), Match Poin (2005), Meia-Noite em Paris (2011), Roda Gigante (2017) e o mais recente Um dia de Chuva em Nova Iorque (2019).

Considerado “um tesouro do cinema” pelo crítico de cinema Roger Ebert, a vida pessoal de Woody Allen é marcada por escândalos amorosos. Como por faltas de comparência a cerimónias de prémios onde era vencedor e ainda por ser considerado um “lançador” de atrizes, focando-se numa só atriz durante algum tempo.

Os filmes são um reflexo dos gostos do cineasta. Este ponto é visível, por um lado, no jogo de cores e luzes, onde são escolhidas cores fortes para cenas mais românticas ou alegres e cores mais frias para cenas de tensão ou dramáticas. E, por outro, na escolha da banda sonora onde, por norma, ele próprio é responsável.

Woody Allen afirma que costumam enganar-se sempre em duas coisas sobre si: “pensam que sou um intelectual (por usar óculos) e que sou um artista (porque os meus filmes perdem sempre dinheiro)”. Apesar desta opinião, ganhou Óscares para Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original, Globos de Ouro para Melhor Roteiro e o Prémio Cecil B. DeMille. Ganhou também prémios César para Melhor Filme Estrangeiro, prémios BAFTA para Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original, e ainda prémios no Festival de Cannes, Festival de Berlim e Festival de Veneza.