Apesar dos constrangimentos provocados pela pandemia da covid-19, a Associação Académica faz um balanço positivo de 2020.

O ano de 2020 pôs tudo à prova e a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) não foi exceção. Os objetivos traçados no início do mandato tiveram de ser reformulados e muitos deles foram irrealizáveis. O ComUM esteve à conversa com Rui Oliveira, presidente da AAUM, que fez um balanço do ano e delineou algumas das metas para o ano que se aproxima.

A Start Point, marca da AAUM que promove a formação e o empreendedorismo, sofreu uma reestruturação passando a estar mais presente no formato online. “Desde maio que a Start Point consegue oferecer todos os seus serviços a nível digital”, diz Rui Oliveira. Desta forma, conseguiu preservar a ligação com os estudantes e garantir o acompanhamento profissional dos mesmos ao longo do ano.

No que diz respeito ao Desporto, a Universidade do Minho foi a primeira do país a retomar a atividade desportiva. Segundo o presidente da AAUM, isto deveu-se ao esforço coletivo e à capacidade de readaptação constante. Além disso, durante a quarentena promoveram um estilo de vida saudável através de diretos nas suas redes sociais que incentivavam a prática de exercício físico. “Mesmo estando em isolamento era importante não descuidar estas questões”, afirma.

No entanto, o exercício físico não foi o único parâmetro a receber atenção por parte da associação. “Ao contrário do que se vai falando a questão da saúde mental foi uma das preocupações que fomos tendo”, refere Rui Oliveira. A AAUM acompanhou de perto o P5 – centro de medicina digital – e chegou a ter ligação direta a partir do site da associação.

No âmbito da Educação, foram chegando várias denúncias de desigualdades de acessos e estas questões foram sempre reportadas aos Conselhos Pedagógicos. “Num ano de pandemia, tudo se tornou diferente e, por isso, é que é importante toda a colaboração dos estudantes em nos fazerem chegar essas preocupações”, sublinha Rui Oiveira.

Em junho, a Associação Académica reuniu com todas as escolas e institutos para preparar o ano letivo que se avizinhava. As regras da DGS só saíram em agosto, no entanto, foram-se delineando várias estratégias com antecedência para que “depois a resposta fosse a melhor possível”.

A marca Recurso foi também uma das novidades deste ano, apesar de ainda não estar a funcionar na sua plenitude. “A pandemia trouxe alguns problemas à empresa que está a fazer o desenvolvimento desta aplicação e por isso está muito mais atrasada do que aquilo que está contratualizado”, explica. Rui Oliveira garante que a aplicação tem muitas valências e que será melhor explorada no próximo mandato.

“Acredito que será uma ótima ferramenta para interação com os nossos estudantes e, ao mesmo tempo, para a associação académica conseguir trabalhar melhor aquilo que é a gestão de associados e ligação com os seus parceiros”, admite ainda.

No âmbito da Cultura não foi possível concretizar as festas anuais, tais como o Enterro da Gata. No entanto, desenvolveram algumas iniciativas digitais como a rubrica “#StayHomeRUM”, em parceria com a Rádio Universitária do Minho (RUM). A rubrica tinha como objetivo a divulgação de propostas culturais de algumas pessoas conhecidas da academia.

A AAUM desenvolveu também um novo projeto de carácter social intitulado UMSumário. O principal objetivo é o acompanhamento escolar de alunos do ensino básico e secundário, contando já com 80 voluntários. “O UMSumário foi um projeto, a meu ver, super correspondido, que marcou o ano da AAUM naquilo que é a sua responsabilidade social”, conclui Rui Oliveira.