A Tábua de Flandres foi lançado em 1990. O romance policial retrata um mistério que está por resolver há cinco séculos. Arturo Pérez-Reverte, o autor da obra, apresenta um livro que pode ser apreciado por leitores que gostam de uma escrita descritiva e detalhada e um mistério palpitante.

A obra envolve um cavaleiro assassinado, uma dama cabalística, um duque e uma partida de xadrez inacabada. A missão de descobrir quem matou o cavaleiro cabe a uma restauradora, um antiquário e um jogador de xadrez excêntrico do século XX. As personagens embarcam numa partida perigosa e enigmática de xadrez, que poderá alterar o rumo da história europeia.

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No entanto, a ação acaba por não ser apenas uma partida de xadrez retratada num quadro de pintura flamenga. Esta acaba por revelar-se num acontecimento político que envolvia a corte francesa e borgonhesa e um possível triângulo amoroso que pode ter implicado um assassinato.

Quanto às personagens responsáveis por descodificar os códigos de cada jogada da partida e os enigmas deixados pelo pintor, estas apresentam uma complexidade intrigante e incompreensível, principalmente César, o antiquário e Munõz, o xadrezista profissional. Em contraste surge Júlia, a restauradora, mais simples, mas a ambiciosa do trio.

Uma das críticas feitas ao tipo de escrita do autor é a sua pormenorização excêntrica que pode ser considerada um aspeto monótono neste livro. No entanto, A Tábua de Flandres constitui um dos livros mais fluídos de Pérez-Reverte e já foi convertido ao cinema.

A escrita muitas vezes descritiva e bem estruturada bem como o enredo refletido, conduziu a um livro excecional.  A obra pode ser, de forma mais específica, apreciada por amantes da história da arte, pintura flamenga, xadrez e todos os outros insaciáveis leitores cuja paixão por um bom mistério palpita nas suas mentes.

Assim, a Tábua de Flandres é, fundamentalmente um enigma a explorar. O livro foi a obra que tornou Arturo Pérez-Reverte o escritor espanhol contemporâneo mais lido em todo o mundo e faz jus ao prémio.