A ESN Minho está inserida numa rede internacional, que é a maior associação estudantil da Europa, já que está presente em 42 países. Face à pandemia, o grupo teve de proceder a alterações no plano, no entanto, o espírito de familiaridade entre elementos continua o mesmo.
A Erasmus Student Network Minho conta com uma seção em Braga e outra em Guimarães e é uma organização sem fins lucrativos, onde o principal objetivo é students help students [estudantes ajudam estudantes]. Em conversa com o ComUM, o presidente da ESN, Luís Dias, o gestor de parcerias, Sérgio Videira e um dos elementos que entrou na ESN durante a pandemia, Diego Cantu, partilharam a sua experiência.
“Apesar deste contexto pandémico acaba por ser sempre uma experiência valorosa que recomendo. O feedback que eu tenho tanto das pessoas que eu conheço que estão no estrangeiro como dos nossos estudantes locais é que estão a gostar muito, apesar da situação”, afirma o presidente do Erasmus Student Network Minho.
No entanto, devido à pandemia, a ESN teve de redefinir o seu plano de atividade, registando uma redução significativa no número de participantes. Os normais 400 participantes entre Braga e Guimarães, este ano passaram a ser 120 participantes.
Todavia, a ESN continua a ser procurado por novos elementos. Diego Cantu é um dos participantes que entrou durante a pandemia e, não a considerando uma limitação, revela que “pretendia voltar a praticar o inglês e conseguir um desenvolvimento a nível pessoal”. O mesmo revela ainda que “há essa dificuldade de aproximação, mas não é fator que impeça de trabalhar e continuar”. Mesmo neste momento atípico está a ser uma experiência incrível”, salienta ainda.
Sérgio Videiras é um dos membros mais antigos da geração atual da ESN. “Estamos a fazer Erasmus nas nossas próprias casas. Passamos o dia com os Erasmus e somos nós que organizamos. Acabamos por fazer Erasmus em Braga. O bom é que na ESN tens um lugar para cada pessoa e para cada gosto”. É assim que o gestor de parcerias encara a situação.
Contudo, Luís Dias consegue indicar alguns aspetos que melhoraram neste período em específico. “Com a nova logística a ESN torna-se mais organizada, mais rigorosa para o futuro. Refletimos sobre o que fizemos no passado, de que forma é que podemos mudar de comportamentos. Passamos a focar-nos numa dimensão que, até agora, estava adormecida que é dimensão local, ou seja, o apoio aos estudantes locais”, realça.
O Erasmus Student Network Minho está organizado em vários departamentos: recursos humanos, departamento de projetos que está encarregue da ação social, departamento de eventos (festas e a gala), departamento de comunicação, departamento de viagens onde promovem a região e o departamento de mobilidade que acaba por ser direcionado para a comunidade local, nomeadamente, para a mobilidade estudantil local. “Quase que funcionamos como uma empresa”, disse Sérgio Videira.
Porém, participar em Erasmus para alguns membros desperta ansiedade em relação à mudança. “Eu diria que o desafio faz parte da aventura que é o desconhecido. O medo é algo que se tem de enfrentar para depois vivermos uma experiência incrível”, sublinha o gestor de parcerias. A ESN também está sempre atenta para ouvir as dúvidas dos elementos, ajudar e esclarecer. “A viagem passa muito pelo trabalho conjunto, por ficarmos à vontade uns com os outros, gradualmente evoluirmos, termos a capacidade de sair do nosso ninho e fazer grandes coisas”, confessa Luís Dias.
A Erasmus Student Network Minho continua a trabalhar e “quer ser mais ativa e intensificar a presença na comunidade”, afirma o presidente da organização. A ESN conta com reuniões semanais, reuniões gerais e reuniões de feedback para analisar o trabalho e definirem objetivos e estratégias para que nem a Covid-19 os impeça de mostrar o espírito bracarense ou vimaranense a quem escolheu conhê-lo.